Operação retira kaigangues de área ocupada em Palmas

Após diversas tentativas anteriores de negociação, nesta sexta-feira (07), a Delegacia de Polícia Federal de Guarapuava em conjunto com a Polícia Militar de Pato Branco, e com auxílio de outras unidades policiais federais de Foz do Iguaçu, Cascavel, Curitiba e Chapecó (SC) e militares, deflagrou a “Operação Reintegração”. A intenção visou cumprir mandado de reintegração de posse em áreas limítrofes com a Reserva Indígena de Palmas,  ocupadas por índios kaingangs dissidentes, bem como 11 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Pato Branco.

De acordo com a Polícia Federal de Guarapuava, foram presas, até o momento, 9 das principais lideranças indígenas responsáveis pela ocupação, que foram indiciadas pelas práticas dos crimes de bando armado (art. 288 caput e parágrafo único), esbulho possessório (art. 161, II), desobediência (art. 330), dano qualificado (art. 163, parágrafo único, I), constrangimento ilegal majorado (art. 146 § 1º), ameaça (art. 147), seqüestro (art. 148), e roubo qualificado (art. 157 caput e §2º, I e II), todos artigos do Código Penal.
Os presos foram recolhidos à carceragem da 5ª Subdivisão Policial Civil em Pato Branco, à disposição da Justiça.

Foram também apreendidas 07 armas de fogo, uma delas em poder do ex-cacique, preso em flagrante delito no município de Abelardo Luz/SC, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Segundo a PF, a reintegração ocorreu de forma pacífica, com algum tumulto provocado pelos índios quando da remoção das famílias dos presos da Reserva.

A investigação dos crimes prosseguirá em inquérito policial na Delegacia de Polícia Federal de Guarapuava.