A recente intensificação da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, com aumento mútuo de tarifas de importação, pode beneficiar o Paraná. A expectativa é do governador Carlos Massa Ratinho Junior. Com forte presença no mercado global, especialmente na exportação de alimentos, o Paraná vendeu para 176 países em 2024. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, esse cenário gerou US$ 14,2 bilhões.
A maior oportunidade está no setor de soja, conforme avalia o governador. Com a China impondo uma tarifa de 84% sobre a soja dos EUA, cresce a demanda por fornecedores alternativos. E o Paraná, grande produtor, pode ampliar a participação nesse mercado. Em 2024, o estado exportou US$ 5,3 bilhões em grãos de soja, que representaram 75,5% das vendas para a China (US$ 4,5 bilhões). O farelo e o óleo de soja renderam, respectivamente, US$ 1,4 bilhão e US$ 358 milhões.
Outro destaque, conforme os dados do Ministério, é a carne de frango ‘in natura’. Esse setor gerou US$ 739 milhões em exportações para a China, representando 12,4% do total enviado ao país. De acordo com Ratinho Junior, além do mercado chinês, os EUA também oferecem oportunidades. A indústria agroflorestal do Paraná, forte na produção de madeira de reflorestamento, atende à demanda americana por produtos usados na construção civil.
Conforme números do IBGE, em 2024, a madeira representou 28% das exportações para os EUA, gerando US$ 446 milhões. As vendas de compensados de madeira cresceram 24,5% em um ano, e o setor registrou alta de 12,4%, o maior crescimento industrial do Brasil. Para o governador, o conflito comercial é uma chance de expansão para a agroindústria paranaense, com potencial de gerar mais empregos e renda no Estado.
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