22/08/2023
Em Alta Irati Segurança

Dois professores investigados por crimes sexuais são afastados em Irati

Os professores faziam comentários de cunho sexual, toques físicos injustificáveis durante as aulas e usavam vocabulário inadequado

Professores foram afastados da função (Foto: IA)

A pedido do Ministério Público do Paraná, o Judiciário determinou o afastamento das funções de dois professores investigados por possíveis crimes sexuais praticados contra estudantes da rede estadual de ensino de Irati. A Autoridade Policial e a Promotoria de Justiça de Irati apresentaram os requerimentos. Assim sendo, os dois permanecem afastados desde os dias 3 e 12 de outubro.

Os relatos sobre as possíveis condutas ilícitas chegaram ao MPPR a partir de depoimentos colhidos em escuta especializada por uma força-tarefa. Participaram dessa força-tarefa Promotoria, Conselho Tutelar, secretarias municipais de Assistência Social e de Educação, o Núcleo Regional de Educação e Delegacia de Polícia Civil. Conforme as informações do MPPR, a investigação iniciou a partir das apurações sobre crimes sexuais cometidos pelo professor e ex-vereador do Município, Hélio de Mello, denunciado no dia 8 de outubro pelo MPPR.

O ex-vereador e professor de Irati, Hélio de Mello (PL), de 47 anos, se entregou à polícia na última quinta (9), em Guarapuava. Ele se apresentou na Cadeia Pública do município. Mello era considerado foragido desde o dia 7 de outubro. Hélio de Mello presidia a Câmara de Vereadores de Irati e renunciou ao mandato no dia 9 de setembro, em meio ao escândalo. Além disso, a irmã dele, que ocupava o cargo de diretora na mesma escola, também acabou denunciada pelo MP por omissão e conivência.

VIOLÊNCIAS

Entre as condutas que estão sob investigação, estão comentários de cunho sexual, utilização de vocabulário inadequado e toques físicos injustificáveis durante as aulas que ministravam. De acordo com o MPPR, tais atos configuram violações à integridade física, emocional e psíquica de diversas estudantes.

Ao requerer o afastamento dos professores do ambiente escolar, a Promotoria de Justiça demonstrou que os investigados se utilizariam das funções que exerciam para constranger e violar a integridade sexual, psíquica e moral das adolescentes.

Com a ordem judicial, os dois estão impedidos de frequentar quaisquer unidades escolares estaduais até a conclusão das investigações e de estabelecer qualquer contato com as estudantes. Ao final das investigações, a Promotoria de Justiça de Irati poderá oferecer denúncia criminal contra os professores, caso comprovada a prática dos atos criminosos. Os autos estão sob sigilo.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN. @gilson_boschiero

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