O último dos moicanos!

A saída de Márcio Brunsfeld da Secretaria Municipal de Saúde, nesta terça (2), marca o encerramento  do grupo do ex-prefeito Vitor Hugo Burko (PL) na gestão de Denilson Baitala (PL). O agora ex-secretário sai do cargo denunciando irregularidades na pasta. Denúncias que promete levar ao Ministério Público, segundo ele, com provas em mãos.

Brunsfeld era o último remanescente desse núcleo político a ocupar cargo de destaque. Flávio Silvestri, deixou a presidência da Surg. A filha dele, Thieme, saiu da Procuradoria geral do Município. Apesar da exoneração, no entanto, Marcio permanece como vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde. Portanto, um cargo que o mantém no debate público e pode gerar desconforto ao futuro titular da pasta.

A troca na Saúde reforça a consolidação de um novo arranjo político, no qual o deputado estadual Artagão de Mattos Leão Júnior (PSD) mantém influência significativa. Ele segue sendo considerado, nos bastidores, o “deputado da administração”.

Mas, para além dos bastidores políticos, a troca na Secretaria de Saúde chama atenção por outro motivo central. Todos sabem que a qualidade dos serviços de saúde pública ainda está muito distante do que a população espera. As críticas são frequentes. Vão desde o atendimento nos postos e unidades de urgência até a demora em exames, consultas e procedimentos básicos. A pasta da Saúde, historicamente complexa, permanece como um dos maiores gargalos da administração.

SAÚDE PASSA MAL

A mudança no comando, portanto, reacende um debate necessário. Ou seja: os serviços ofertados à população precisam de melhorias urgentes. A insatisfação entre os usuários do sistema municipal é visível, e as cobranças por mais estrutura, eficiência e acolhimento se acumulam. A Secretaria de Saúde, portanto, exige planejamento, logística e capacidade de gestão. A escolha do próximo nome para comandá-la será crucial, tanto pela técnica quanto pelo simbolismo político.

Não se trata apenas de trocar nomes, mas de reaproximar a administração das necessidades reais da população. Especialmente em uma área tão sensível como a saúde, onde os efeitos de uma má gestão são imediatos e profundos.

Para Baitala, é também um momento de definição. Com orçamento próprio previsto para o próximo ano, vem também o peso da responsabilidade de apresentar resultados mais concretos, especialmente olhando para o horizonte de 2026.

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