22/08/2023
Geral

Ministra do TST defende aproximação do Judiciário com setor produtivo

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O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, participou nesta quarta-feira (23) de um café da manhã com a ministra Delaíde Miranda Arantes, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). No encontro, promovido pela Associação Comercial do Paraná (ACP), a ministra ressaltou a importância de o Judiciário conhecer a realidade e as demandas do setor empresarial em relação às questões trabalhistas.

 

 

Para Campagnolo, essa aproximação é fundamental para a melhoria do ambiente trabalhista no Brasil. “A relação entre capital e trabalho deve ser mantida e melhorada em nosso país, por isso é importante a aproximação entre Justiça e empresários”, disse o presidente da Fiep, que destacou ainda a trajetória da ministra.

 

Filha de pequenos agricultores de Goiás, Delaíde Miranda trabalhou como doméstica, entre outras atividades, para pagar seus estudos. Em março deste ano, após 30 anos de advocacia, foi escolhida pela presidente Dilma Rousseff como um dos 27 ministros do TST.

 

Para a ministra, ouvir todos os atores envolvidos nas questões trabalhistas ajuda o Judiciário a tomar decisões mais próximas à realidade. “Sempre defendi como advogada, e continuo defendendo como ministra, o diálogo entre os diferentes setores”, afirmou.

 

Segundo Delaíde, atualmente estão sob responsabilidade de seu gabinete no TST cerca de 11 mil processos. Além disso, em média 600 novos processos chegam a cada mês. Pelo volume de julgamentos, a ministra afirmou considerar essencial que os advogados dos envolvidos nos processos, sejam empresas ou trabalhadores, levem ao TST o máximo possível de informações para auxiliar nos julgamentos. “Meu gabinete sempre estará aberto, pois é importante levar a realidade de cada caso ao Judiciário”, disse.

 

Durante o encontro, Delaíde Miranda Arantes recebeu do presidente da ACP, Edson Ramon, um documento com as principais reivindicações da Associação Comercial na área trabalhista. Uma das principais preocupações diz respeito aos problemas legais enfrentados por empresas com a contratação de funcionários terceirizados. A ministra lembrou que o TST organizou este ano uma audiência pública em Brasília para tratar do assunto e sugeriu que o setor empresarial paranaense, em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho, também promova um encontro para apresentar as demandas do segmento.

 

Da assessoria

Cristina Esteche

Jornalista

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