22/08/2023
Agronegócio

Para Anton Gora, novo Código Florestal é bom

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A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou o texto-base do relatório do senador Jorge Viana (PT-AC) sobre o novo Código Florestal Brasileiro. Após discussões que duraram toda a manhã e o início da tarde de quarta-feira (23), o texto de Viana foi aprovado em votação simbólica com apenas um voto contrário do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

A comissão ainda vai analisar as emendas que foram sugeridas por seus membros e destacadas para votação em separado. A votação dos destaques, no entanto, ficou para esta quinta-feira (24) de manhã. Com isso, a Comissão de Meio Ambiente concluir nesta quinta-feira a votação do novo código, cujo texto final seguirá, então, para análise do plenário do Senado.

De acordo Anton Gora, delegado representante do Sindicato de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná, embora o novo Código não seja considerado o ideal normatiza o setor. “Hoje não existe nenhuma referência e no decorrer do tempo será possível ver o que é bom e pensar no que pode ser mudado. Mas o novo Código é bom”, afirmou à RSN.

Nos destaques que entram na pauta de votação desta quinta-feira, Gora considera um dos pontos mais positivos a exigência do Brasil só poder importar produtos agrícolas de países que tenham um Código Florestal que imponha o mesmo rigor previsto no novo Código brasileiro. “É muito bom fazer com que outras organizações se preocupem com o meio-ambiente. Não adianta só exigir do produtor brasileiro e importar de outros que não se preocupam com o meio-ambiente”, observa Gora.

Em contrapartida, um dos pontos que deixa a desejar é quando se trata da anistia aos desmatadores. “Isso não é verdade. Essa questão de plantar em áreas à beira de rios, por exemplo, é histórica. Há produtores que fazem isso há 40/50 anos e deve ser levado em consideração. Não adianta proibir que se plante uva à beira do morro e importe a fruta produzida na Argentina, mas que também é plantada À beira de morros”, exemplifica.

Cristina Esteche

Jornalista

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