22/08/2023

Obra-prima do cinema norte-americano é lançada em DVD

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Por Cristiano Martinez

Único filme dirigido pelo ator Charles Laughton, “O Mensageiro do Diabo” (1955) é uma adaptação do romance homônimo de Davis Grubb que apresenta uma história de mistério, terror e sobrenatural.

Lançado na distante década de 50 do século 20, esse longa-metragem é um projeto particular de Laughton, que enfrentou resistência dos estúdios norte-americanos à época de seu lançamento. Apesar de escrito, produzido e dirigido em solo ianque, não tinha o apelo comercial que se esperava. Segundo críticos de cinema, “O Mensageiro do Diabo” estava mais para o “cinema de arte”.

Passados mais de 50 anos de sua estreia, o filme provou que eles estavam certos num ponto: é uma obra-prima do cinema. Para o bem e para o mal, esse componente artístico fez com que a produção de Laughton permanecesse na história cultural; e também decretou seu fiasco de bilheteria. Ou não, já que seu estúdio, a MGM (Metro Goldwin Mayer), sabotou a divulgação do lançamento.

Polêmicas à parte, importa dizer que “O Mensageiro do Diabo”, a despeito de seu “status de arte”, não é um filme difícil de assistir e tampouco simplório demais. Tem ingredientes na medida certa, refinados pelo olhar aguçado de seu diretor, que foi buscar inspiração no cinema mudo e no expressionismo alemão.

Tudo isso para contar uma história horripilante, de medo e magia. De posse da informação de que existe uma boa quantia de dinheiro escondida com uma família, o reverendo Harry Powell (Robert Mitchum) seduz jovem viúva e passa a atazanar a vida de duas crianças; pois estas sabem do paradeiro da fortuna.

Diante dos outros, Powell passa imagem de fé ardorosa e retidão moral; mas, no íntimo, ele é um cara assustador e psicopata. Diante de seu olhar ao mesmo tempo sedutor e assustador, temos a impressão de que é o próprio tinhoso em pessoa, o coisa ruim, o príncipe das trevas. Em suma, o enviado do “cão de zorba”.

Somente o pequeno John (Billy Chapin) percebe isso logo de cara.

Além da direção e da fotografia, destaque para a atuação de Robert Mitchum na pele do reverendo satânico. É de dar medo e calafrios, principalmente quando são mostradas as tatuagens de seus dedos: “amor” e “ódio”. Vade retro, Satanás!

NOVA ESTAMPA
Vídeos, imagens, textos e podcast, acesse o blog: http://novaestampa.blogspot.com/

SERVIÇO:
DVD: “O Mensageiro do Diabo” (1955), 93 min
Direção: Charles Laughton
Preço: R$ 39,90 (sem o frete)
Onde encontrar: www.saraiva.com.br

(Imagem: www.saraiva.com.br)

Cristina Esteche

Jornalista

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