22/08/2023
Agronegócio

Exército deve reforçar fiscalização para evitar entrada de gado paraguaio

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O Paraná deve receber apoio das Forças Armadas nas ações de prevenção na fronteira com o Paraguai para evitar a entrada de gado do país vizinho. No início da semana, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) confirmou novo foco da febre aftosa em uma propriedade no departamento de San Pedro, no Paraguai.

O Exército já ajuda na fiscalização no Mato Grosso do Sul. Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, a decisão foi discutida durante reunião realizada quarta-feira (04) na Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Curitiba. O pedido foi encaminhado para o Governo Federal. “Devemos estar atentos e ampliar a vigilância permanente que já fazemos em nossas barreiras”, adiantou Ortigara.

A participação do Exército e das polícias Federal e Militar nesse controle será mais um reforço no trabalho que os técnicos do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) já realizam nas barreiras fitossanitárias existentes nas nossas fronteiras do Estado com o Paraguai e Argentina, explicou o secretário da Agricultura.

INSPEÇÃO – Norberto Ortigara estará nesta sexta-feira (06) com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no Mato Grosso do Sul, em Campo Grande e Ponta Porã, visitando os locais de inspeção e acompanhando o trabalho de fiscalização. “É uma ação conjunta, onde todos somos parceiros. A situação nos preocupa, mas neste momento devemos impor restrições ao comércio de carne bovina, e a entrada de animais do Paraguai”, completou o secretário.

A fiscalização também é reforçada nos três postos fixos próximos às fronteiras com o país vizinho, com o funcionamento de arcolúvios para a desinfecção de veículos procedentes do Paraguai, em Guaíra, Santa Helena e Foz do Iguaçu. “Estamos fazendo o que é necessário para evitar a entrada de qualquer produto que possa representar risco ao gado paranaense. A determinação é exercer poder de polícia em toda a faixa de fronteira”, reafirmou o secretário.

Norberto Ortigara lembrou que os paranaenses devem evitar adquirir carne, ou novos animais do Paraguai. “O preço desses produtos devem cair no país vizinho, e isso pode ser um atrativo. Mas o perigo de contaminação é muito grande e precisa ser evitado”, disse o secretário.

VIGILÂNCIA – O novo foco de febre aftosa no Paraguai é o segundo registro em menos de seis meses. Em setembro, cerca de 820 cabeças de gado foram sacrificadas em San Pedro. A região fica a cerca de 230 quilômetros de Guaíra e a 130 quilômetros do Mato Grosso do Sul. No caso atual, os números preliminares indicam 131 animais suspeitos e 15 com contágio confirmado. Os números foram informados pelo governo paraguaio à Organização Internacional para Saúde Animal (OIE).

Cristina Esteche

Jornalista

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