22/08/2023


Geral

Copel desvia curso do Rio Cavernoso para construção de usina

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O Rio Cavernoso, no médio centro-oeste paranaense, foi parcialmente desviado por conta da implantação da Pequena Central Hidrelétrica Cavernoso 2, empreendimento de R$ 120 milhões e 19 megawatts de potência instalada que está sendo construída pela Copel entre os municípios de Virmond e Candói.

O desvio foi realizado no dia 29 de fevereiro e é um dos marcos mais significativos na construção de empreendimentos hidrelétricos. Modificar o curso do rio, liberando para as frentes de trabalho a área correspondente ao seu leito original, é essencial para viabilizar a instalação da continuidade do erguimento de estruturas como o vertedouro e a barragem. O evento teve a participação de cerca de XXX convidados, entre equipes técnicas e gestores da Copel, empreiteiras, prestadores de serviços e trabalhadores da obra.

COMO FUNCIONA

Enquanto são iniciadas as demais frentes da obra – como a casa de força, vertedouro, tomada dágua e túnel de adução, a barragem começa a ser construída a partir de uma margem do rio. Em paralelo, são executadas estruturas provisórias chamadas ensecadeiras, que permitirão desviar o rio e manter isolado da água um trecho do leito original para que a barragem possa avançar até a margem oposta.

Após o desvio, o rio passa a correr através de adufas, galerias construídas com essa finalidade e que, por ocasião do enchimento do reservatório, serão fechadas por comportas e, depois, definitivamente lacradas. “A operação de desvio do rio é muito importante, pois libera para execução todas as frentes de trabalho, inaugurando uma fase acelerada da implantação da usina”, interpreta o engenheiro civil e gestor técnico da obra, Luiz Fernando Prates de Oliveira. “A partir de hoje, o ritmo da obra será cada vez mais intenso. A realização do desvio neste momento permite a manutenção rigorosa dos prazos de geração comercial”, complementa.

 

IMPLANTAÇÃO DA USINA

As obras da PCH Cavernoso começaram em março de 2011 e estão dentro do cronograma esperado, com início de geração de energia previsto para o segundo semestre deste ano. A execução da barragem avança a plena força, com metade dos volumes previstos já executada30, assim como a concretagem do vertedouro. Na casa de força, seguem atividades de armação, montagem de embutidos e lançamento de concreto regularização e estrutural. As escavações do túnel de adução, que terão no total 250 m, já atingem 75 m foram finalizadas. Cerca de 250 230 trabalhadores atuam na obra nesta fase.

 

A USINA

A nova usina terá barragem de enrocamento com núcleo de argila, com 520 metros de comprimento na crista e altura máxima de 18 metros. O circuito hidráulico, ou seja, o caminho da água até a casa de força – onde serão instaladas três unidades geradoras de 6,5 megawatts cada – será constituído por um canal de adução de 580 metros, seguido de um túnel com cerca de 250 metros de comprimento e 6 metros de diâmetro.

 

PROGRAMAS SOCIOAMBIENTAIS

Como parte da implantação da usina, uma série de programas socioambientais estão sendo desenvolvidos na região de Candói e Virmond, entre eles: monitoramento e resgate de fauna e flora, resgate de patrimônio arqueológico, monitoramento da qualidade da água do rio, ações de educação ambiental e saúde pública.

A região de entorno do futuro reservatório, que hoje conta com 16 hectares de cobertura florestal, terá 56 hectares de mata nativa – mais do que o triplo do tamanho da floresta que existe atualmente no local. A área será maior também que o próprio reservatório da usina, que ocupará superfície de 43 hectares.

 

Com AEN

Cristina Esteche

Jornalista

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