22/08/2023
Geral

“Sanepar está dentro da lei”, diz gerente regional em resposta à denúncia

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O gerente regional da Sanepar em Guarapuava, João Edson de Lima e os técnicos Julio Cesar Campos (técnico em saneamento) e Paulo Cesar Rodrigues (coordenador para indústria) contestam as denúncias feitas pelo jornalista Mauro Xavier Biazi de que a empresa comete crime ambiental. A denúncia feita pelo jornalista na Internet diz que a esta ção de tratamento, localizada na Vila Santana, capta água do Rio das Pedras, e depois do tratamento, em que são usados vários elementos químicos pesados, entre eles sulfato de alumínio- despeja e no mesmo Rio das Pedras. De acordo com Mauro, proprietários de chácaras por onde passa tanto o tubo de água captada, bem como a valeta por onde escoa a água poluída (e essa a céu aberto, sem manilhamento) tiveram animais mortos por ingestão dessa água, quimicamente poluída. “Porém, outro fato gravíssimo a ser considerado é que esse Rio das Pedras vai formar, alguns quilômetros abaixo, junto com o Rio Banana, o Rio Jordão, onde milhares de pessoas se banham nos dias de verão no seu Parque Recreativo”, diz o jornalista. A Sanepar contesta.

“A água que está sendo lançada no rio é de descarga de decantadores e da lavagem de filtros. Não há lançamento de produtos químico pesados, pois a Sanepar realiza análises dos efluentes e todos estão de acordo com a legislação ambiental”, garante João Edson. “Todos os produtos químicos utilizados estão abaixo dos valores permitidos portanto, não são prejudiciais, embora a água não seja potável”, observa Campos.

Em relação aos animais mortos, segundo denunciou o jornalista, João Edson diz que não possui nenhuma informação a esse respeito. “Desde a década de 60 esse lançamento é feito e até agora nunca soubemos que algum animal tenha morrido por beber dessa água”, garante o gerente regional da Sanepar. “A Sanepar é rigorosamente fiscalizada pelos órgãos ambientais”, lembra João Edson de Lima.

SOLUÇÃO
Apesar da Sanepar obedecer todas as exigências da legislação ambiental, João Edson Lima anuncia que a empresa vai implantar um novo sistema de tratamento e disposição dos efluentes e resíduos. “Temos até 2019 para concluir esse projeto,”, diz. O novo sistema vai permitir que a água que hoje é lançada no rio seja recuperada dentro da própria estação de tratamento. O lodo será separado e dada a destinação correta podendo ser matéria prima para a confecção de artesanato, tijolos, telhas, ou dispensado no aterro sanitário.

Cristina Esteche

Jornalista

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