Ação do Gaeco e da polícia resulta em prisão de acusado de matar jornalista

Na quinta-feira (18), ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de policiais do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), da Polícia Civil, resultou na prisão de Henrique Woiski, de 20 anos, acusado de matar o jornalista Anderson Leandro da Silva, desaparecido desde o dia 10 de outubro.

O caso começou a ser desvendado pelas autoridades através da quebra do sigilo telefônico do celular do jornalista, que revelou que Anderson havia recebido ligação de uma residência localizada em Quatro Barras, instantes antes de deixar sua produtora. Ele teria dito que ia fazer um orçamento de trabalho no município. Com os dados cadastrais do telefone, policiais do Tigre localizaram a residência.

Em contato com moradores, foi apurado que a companheira de Henrique, uma adolescente de 16 anos, havia tido um relacionamento amoroso com o jornalista há aproximadamente um ano. Vizinhos informaram, também, que Henrique estava internado no Hospital Psiquiátrico Bom Retiro.

A família do rapaz contou às autoridades que, no dia do desaparecimento do jornalista, Henrique chegou em casa com um corte profundo em uma das mãos. A adolescente, então, foi ouvida pelo delegado do Grupo Tigre, disse ter feito a ligação para Anderson e ter se encontrado com ele, mas negou envolvimento no desaparecimento do jornalista.

Diante dos indícios, o Gaeco requereu junto ao Juízo de Campina Grande do Sul que fosse decretada a prisão temporária de Henrique, a apreensão da adolescente e buscas na residência do casal – pedidos deferidos pela Justiça. Os mandados foram cumpridos por policiais do Grupo Tigre.

O rapaz e a adolescente foram conduzidos até a sede do Gaeco em Curitiba para serem ouvidos, e confessaram a participação na morte do jornalista. Anderson foi morto a facadas. O casal alegou que a motivação foi o envolvimento da vítima com a adolescente.

O rapaz, então, indicou às autoridades onde havia escondido o corpo de Anderson, em uma pedreira próxima de sua residência, e o local em que o veículo do jornalista foi abandonado. Acompanhando equipes do Gaeco e do Tigre, Henrique foi até o local, onde o corpo e o veículo foram encontrados.

Henrique Woiski foi encaminhado para o Complexo Médico Penal e sua companheira foi levada à Delegacia do Adolescente de Curitiba.

Com ACS/MP-PR