22/08/2023
Economia

13º salário injetará mais de R$ 130 bilhões na economia, diz FecomércioSP

Com a aproximação do fim do ano, o comércio começa a se preparar para as vendas de Natal. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o pagamento do 13º salário irá injetar pouco mais de R$ 130 bilhões na economia brasileira até dezembro, R$ 13 bilhões a mais do que em 2011. O montante corresponde a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, beneficiando cerca de 80 milhões de brasileiros.

Dos R$ 131 bilhões, um terço (cerca de 43 bilhões) deve ser destinado para o pagamento de dívidas, em especial do cartão de crédito, do cheque especial e de empréstimos pessoais que possuem altas taxas de juros. Um terço vai para os compromissos de começo de ano tal como despesas escolares, pagamento de impostos e gastos com férias e apenas um terço utilizado para o consumo.

O estado de São Paulo, maior vigor econômico do País, deverá receber cerca de R$ 40 bilhões, aproximadamente 30% do total do Brasil e cerca de 60% da região Sudeste. A cifra representa algo próximo de 2,7% do PIB estadual. Separando os números por região, algo em torno de R$ 22,5 bilhões deve ser injetado na região metropolitana de São Paulo (56% do total do estado), R$ 14,5 bilhões na capital, R$ 1,7 bilhão no litoral e R$ 15,7 bilhões no interior.

É importante lembrar que uma boa parcela desse montante já foi injetada na economia ao longo do ano, seja como forma de adiantamento nas férias, seja por meio de acordo coletivo ou política da empresa. Entretanto, a maior parte, cerca de 70% do total, será paga no fim do ano.

Além do dinheiro extra, o mercado de crédito, que vem crescendo com a trajetória de queda da taxa básica de juros, ajudará a impulsionar a economia e as vendas de fim de ano. Desde o Natal passado, a Selic já caiu 3,75 pontos percentuais, para 7,25% ao ano – o menor patamar da série histórica desde 1999, quando se adotou o regime de metas de inflação.

Observando a constante evolução dos indicadores de emprego e renda, estabilidade nos níveis de inadimplência e sinais de confiança do consumidor, pode afirmar-se que o endividamento está sob controle e que ainda há espaço para crescer. Pesquisa da FecomercioSP mostrou retração de dois pontos percentuais no número de famílias endividadas em setembro, de 53,5% para 51,5%. Já o Índice de Confiança do Consumidor segue em trajetória de alta, acima dos 150 pontos, impulsionado pelas medidas de expansão da atividade econômica como o barateamento do crédito, desonerações e incentivos a investimentos.

Com assessoria

Cristina Esteche

Jornalista

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