Muitas pessoas preferem prolongar a vida de seus entes queridos através de intervenções médicas, não é fácil dizer adeus a quem gostamos, porém algumas vezes a medicina já não pode ajudar. São os casos de enfermidades graves, em que o paciente não responde ao tratamento e não há mais possibilidade de ajuda.
Segundo o médico aposentado, Ubirajara de Azevedo, que atuou por mais de 50 anos no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo em Guarapuava, o método da ortotanásia é recomendado nesses casos. “Essa prática da medicina é pouco conhecida e difundida até mesmo entre os próprios médicos. Ela consiste em dar ao paciente terminal uma morte digna e mais humana, ou seja, deixar a pessoa aproveitar o pouco de vida que ela tem longe de um hospital”.
O médico ainda afirma que durante os anos que passou junto ao hospital conseguiu acompanhar a evolução da medicina e com ela a perca de alguns valores. “Quando comecei não existia tantas especialidades, e não que isso seja ruim, ao contrario, é muito bom. Pena que os médicos se esqueceram da parte humana, como esta que cuidava da UTI do Hospital Evangélico em Curitiba. Já tive pacientes que ao invés de acelerar a morte, mandei pra casa, pra que no conforto de seu lar pudesse descansar, pra que a última pessoa que lhe desse ajuda fosse um familiar”.
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