22/08/2023




Cotidiano

Acig quer que feiras itinerantes cumpram horários do comércio

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Guarapuava – A Acig (Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava) quer que as feiras itinerantes que vem a Guarapuava cumpram o horário do comércio, conforme determina a lei municipal 08/2004.
Para isso, a Acig e a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) ingressaram recentemente com ação na Justiça do Trabalho.
As entidades reivindicam que o mérito da ação seja julgado. “Vamos insistir para que se julgue o mérito da ação, para avaliar de forma mais aprofundada”, afirmou o advogado Miguel Sarkis Melhem Neto.
A lei municipal respalda os empresários locais, de acordo com o advogado, e coloca restrições às feiras, que nem sempre são cumpridas. “A lei é extensiva. O problema é que não cumprem os requisitos. A prefeitura indefere o pedido de alvará, mas vão ao poder judiciário e obtém liminar. Temos que buscar mecanismo processual para fazer com que se observe a lei”.
O presidente da CDL, Leonel Ribas, salienta: a intenção é apenas que seja cumprido o horário do comércio. O contrário é concorrência desleal, de acordo com ele. “A hora que fechamos nossas empresas as feiras abrem, não respeitando sábados, domingos nem feriados.
Nós não podemos fazer isso. Somos obrigados a cumprir um horário”.
Ribas ainda ressalta que o consumidor tem de ter consciência de que ao comprar nas feiras não está contribuindo para o crescimento econômico local. “Toda a arrecadação é levada embora. Não fica lucro algum para o município”.
É diferente dos empresários que estão estabelecidos na cidade, pagam impostos e geram empregos. “Sofremos com os tempos ruins, agüentamos e estamos sempre na atividade. Nas épocas teoricamente boas, que são as datas especiais, as feiras vêm e levam o dinheiro da região”.
Essa consciência, na opinião do presidente em exercício da Acig, Cledemar Mazzochin, não deve ser apenas do consumidor, mas também do nosso comerciante. “Temos que buscar alternativas para que cada vez mais os consumidores venham as nossas lojas”.
Já o consumidor tem de entender que quem está permanentemente na busca de melhorias para a comunidade é quem está instalado aqui. “Quem é daqui tem a responsabilidade em relação à manutenção do emprego e geração de novos, envolvendo-se em questões sociais e pagando tributos”, destaca Mazzochin. “Cabe ao consumidor entender esse processo. Quando ele valoriza o comércio local torna ele mais forte. Com isso, ganha toda a sociedade”, finaliza o presidente interino da Acig.

Cristina Esteche

Jornalista

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