22/08/2023
Agronegócio

Pecuaristas poderão comprovar vacinação de aftosa via Internet

É hora de os pecuaristas novamente se mobilizarem em torno da sanidade dos rebanhos existentes no Estado: de 1º a 31 de maio, em todas as regiões paranaenses, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realiza a Campanha de Vacinação de Bovinos e Bubalinos contra a Febre Aftosa.
A novidade para este ano, é que os produtores vão poder comprovar a vacinação de seu rebanho via Internet, pelo site www.adapar.pr.gov.br.

O lançamento oficial da primeira etapa da campanha será realizado em nível de Estado nesta terça-feira (30), às 10 horas, no município de Marechal Cândido Rondon.
Em Guarapuava, a Adapar e a Seab vão lançar e apresentar nesta quinta-feira, 02, às 15 horas, a nova opção de comprovação online de vacinação no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava (Rua Afonso Botelho, 58, Trianon).

A Integrante da equipe da campanha, da Adapar de Guarapuava, a médica veterinária Márcia Zago, destaca a importância da presença dos produtores, representantes de lojas agropecuárias, veterinários e da imprensa no evento para que possam estar informados a respeito da nova forma de comprovação.
A ação é promovida anualmente em duas etapas: em maio, visa a imunização dos animais com idade de até 24 meses; em novembro, é a vez de vacinar bovinos e bubalinos de todas as idades.

No centro-sul do Paraná, a Adapar, que funciona no escritório da regional da Secretaria de Agricultura (Seab) de Guarapuava, realizará a campanha nos 12 municípios abrangidos pela regional da Seab. A região, de acordo com a agência, registra o predomínio da criação de bovinos de corte, em grandes propriedades, e o crescimento da presença de bovinos de leite, nas pequenas. Ao todo, são, nos números da agência, nada menos do que 14 mil criações de animais, ou 600 mil cabeças de gado, das quais cerca de 50% deverão receber a vacinação (a outra metade é de animais acima da idade limite desta etapa).

À frente da equipe de veterinárias responsáveis pela campanha na região, Ana Lúcia Menon, disse que, como de costume, a expectativa para esta edição é atingir um percentual de 100%. “Se ficar uma cabeça de gado sem ser vacinada, isso pode estar colocando em risco o rebanho de todo o estado do Paraná”, alertou, sublinhando que, para o êxito da mobilização, “o produtor tem de estar comprometido”. Em paralelo, durante a vacinação, a equipe da Adapar também vai a campo, para uma fiscalização por amostragem. “A campanha não é novidade”, completou a veterinária da Adapar-Seab, recomendando que os pecuaristas busquem sempre se informar sobre a ação. E informações estão disponíveis em vários canais: nas próprias Unidades Locais de Sanidade Agropecuária (as ULSAs), que funcionam junto às regionais da Seab e também em alguns dos municípios abrangidos pelas regionais, além de folders, cartazes, notícias na imprensa e na internet. Outro detalhe importante, de acordo com Ana Lúcia: vacinação e comprovação devem ocorrer durante o período da campanha.

Ela ressaltou ainda que a ação contra a aftosa é também o momento em que a Adapar procede a um levantamento de todos os rebanhos do Estado. O pecuarista deve informar, no formulário, não apenas dados como o número de bovinos e bubalinos imunizados, mas a quantidade de todos os outros tipos de animais que cria em suas propriedades, como caprinos e ovinos, entre diversos outros. “A gente observa que existe uma subnotificação”, declarou Ana Lúcia, apontando que vários produtores ainda não estão conscientes sobre a necessidade de fornecer aqueles dados.

A veterinária Márcia apontou a importância econômica de um rebanho saudável. Ela destacou que vacinar é o recurso que se tem para que manter o Paraná livre da aftosa. E quem ganha, segundo enfatizou, é o próprio pecuarista: “No mês da campanha, ele vai estar garantindo o comércio de seu produto”, declarou.

Cristina Esteche

Jornalista

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