Promotor aposta em trabalho contra drogas como modelo para o País

Embora não exista uma estatística que aponte os números do tráfico e do consumo de drogas em Guarapuava o promotor de Justiça, Claudio Cortesia, diz que o problema é “muito sério”. De acordo com o promotor que atua no município há 10 anos, o problema se agrava e está comprovado que apenas a repressão não adianta. “Só ações repressivas não bastam. É preciso criar uma rede de proteção que envolvam o Estado, o Município e a União. E isso está começando a acontecer em Guarapuava com o projeto proposto pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Colocar em prática esse trabalho é imprescindível”, assegura Cortesia.

A importância do trabalho que está sendo proposto pela administração municipal e já que deu o primeiro passo com a qualificação de agentes que atuam nessa área, pode ser dimensionada pela engrenagem da inserção de crianças, jovens e adultos no submundo das drogas. “Uma série de fatores determina a entrada ao vício, desde a desestruturação familiar, a falta de cidadania, de oportunidades, ausência de uma estrutura pública e privada para o tratamento eficiente do usuário que quase sempre acaba se tornando um traficante, para poder manter o vício e obter dinheiro”, diz o promotor.

Para Cortesia, o município de Guarapuava, enfim, acordou para esse problema. O município está localizado estrategicamente na “rota do tráfico” pela proximidade com o Paraguai. “Estamos nesse corredor, mas Guarapuava começou a rede de proteção e tem tudo para ser modelo para o País. Estou acreditando muito nesse trabalho”, disse o promotor.