22/08/2023
Agronegócio

Reserva do Iguaçu inicia processo de reguralização fundiária junto com o ITCG

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Uma reunião realizada durante a manhã desta quarta-feira (29), no gabinete do prefeito Emerson Julio Ribeiro, começou o processo de organização para que agricultores familiares tenham suas terras legalizadas, em Reserva do Iguaçu.

Coordenada pelo chefe do escritório regional do ITCG (Instituto de Terras Cartografia e Geociências), Adelino Bridi, a reunião  esclareceu dúvidas da Secretaria Municipal de Agricultura sobre o programa Paraná Minha Terra, que pretende regularizar 24 mil propriedades rurais no Paraná, segundo previsão do governador Beto Richa.

Na presença do padre Elizeu, de produtores, do vereador Antonio Marques Siqueira, de técnicos da Emater e da Secretaria de Agricultura, além do prefeito, Bridi disse que 60% das propriedades de agricultura familiar estão sem documentação nos 36 municípios atendidos pelo escritório regional. Em Reserva do Iguaçu, segundo o prefeito, são mais de 800 propriedades.

Numa primeira etapa o programa vai contemplar 200 agricultores familiares das localidades de Santo Antão, Baia, Terra Nova, Nossa Senhora de Fátima. “Escolhemos essas comunidades por serem próximas, por terem uma maior densidade e porque todos são agricultores familiares”, disse o secretário municipal de Agricultura Clidisnei Ribeiro de Lima.

Uma audiência pública será marcada pelo ITCG para que seja feito o cadastramento e dada a orientação aos beneficiados, incluindo a documentação necessária e os trâmites até a entrega do título. “Queremos em um a no que o governador venha aqui e entregue esses documentos pessoalmente”, disse Bridi.

Terão acesso a esses procedimentos os donos de terra, sem documentação, que possuam até 50 hectares.

Uma vez a terra estando documentada, o produtor receberá assistência técnica da Prefeitura, da Emater; cursos de capacitação oferecidos pelo Senar, Senac e outros órgãos.

 

INCLUSÃO ECONÔMICA E SOCIAL

A regularização fundiária no campo vai incluir as famílias social e economicamente a partir do momento em que possam ter acesso às linhas de financiamento dos governos estadual e federal. “Hoje o produtor está vivendo em cima da terra sem ser dono, sem ter auto estima e está passando fome”, diz Adelino Bridi.

Com a titulação, além de dar seguranças às famílias envolvidas, haverá um incremento na economia do município. “Por exemplo, se conseguirmos titular 100 propriedades significas muito mais do que uma grande indústria, pois financiamento gera produção, movimenta o comércio, fixa o homem na sua propriedade”, diz. “Faz a roda girar além de evitar problemas sociais maiores, caso essas famílias saiam do campo”, completa o prefeito.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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