Os dois planetas gigantes e gasosos do Sistema Solar, Júpiter e Saturno, podem ter tempestades de granizo feito com diamantes que poderiam ser explorados no futuro. A polêmica ideia, foi apresentada por uma dupla de cientistas durante reunião da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana. O estudo tem como base observações de Saturno feitas pela sonda Cassini, da Nasa, recém-calculadas, com estimativas de pressão e temperatura no interior da atmosfera dos dois planetas e descobertas sobre o comportamento do carbono, matéria-prima dos diamantes, sob condições ambientais extremas.
Um dos cientistas afirma que primeiro os raios que cortam as camadas mais altas das atmosferas dos dois planetas quebram as moléculas de metano (CH) nelas contidas, liberando os átomos de carbono. Estes, por sua vez, agrupam-se e formam uma espécie de fuligem, onde já teriam detectado nas nuvens de tempestade de Saturno.
Ainda de acordo com a dupla, à medida que esta fuligem começa a “afundar” na atmosfera dos dois gigantes, ela passa a ser submetida a cada vez maiores pressão e temperatura, sendo transformada primeiro em pedras de grafite até que, ao atingir uma profundidade de 6 mil quilômetros, no caso de Saturno, torna-se cristais de diamante. Este granizo precioso continuaria então a “cair” por mais 30 mil quilômetros até a pressão e temperatura ficarem tão infernais que mesmo os diamantes derretem, virando uma “chuva” de carbono líquido que poderia se acumular em “oceanos” onde flutuariam “diamantebergs”.
Muitos outros cientistas vem criticando essa teoria e o surgimento dos diamantes.