22/08/2023
Geral

Dicas podem ajudar donos de piscina a gastar menos água

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Temperaturas elevadas provocam aumento no consumo de água e muitas vezes fazem com que as pessoas tenham atitudes que levam ao desperdício. Junto com banhos mais demorados, irrigação de jardins e lavagens de calçadas, o aumento do uso de piscinas particulares, principalmente as de plástico, podem contribuir para o desabastecimento em regiões de forte calor, como o Norte do Estado e Litoral.

Além de afetar o abastecimento, a conta de água também pode surpreender os proprietários destes imóveis. No caso das residências com piscina, a Sanepar alerta os moradores sobre a importância das manutenções constantes para manter a qualidade da água e orienta para que a complementação do nível da piscina seja realizada fora dos horários de pico. “O ideal é que as piscinas sejam enchidas antes das 10 horas da manhã ou à noite, depois das 22 horas, fora dos horários de consumo elevado”, explica o gerente da Sanepar no Litoral, Romilson Gonçalves.

Ele destaca que a água de uma piscina de 5 mil litros seria o suficiente para abastecer uma família de até quatro pessoas por 15 dias. “Se um proprietário de um imóvel que tenha uma dessas piscinas esvaziá-la todos os dias, é óbvio que o abastecimento poderá ser prejudicado para outras famílias vizinhas. Economizar água nessas situações é muito mais do que agir de maneira sustentável, é ser solidário com outros moradores que não têm as mesmas atitudes”, reforça Romilson.

DICAS DE ECONOMIA

De acordo com o químico industrial e gerente da Sanepar, Agenor Zarpelon, no caso das piscinas plásticas há duas dicas essenciais para quem quiser contribuir e evitar desperdícios. Uma delas é cobrir a piscina quando ela não estiver sendo utilizada. “Além de evitar que sujeiras caiam na água, também evita-se que a incidência da luz solar provoque a eutrofisação, processo que provoca a proliferação de algas na água e também a aparição de outras bactérias”, explica. Cobrir a piscina também evita que ela se transforme em foco do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti).

A outra dica é não descartar todos os dias a água destas piscinas, evitando o gasto excessivo com a reposição da água. Para manter a qualidade desses reservatórios, o morador pode adicionar uma colher (das de sopa) de água sanitária comum para cada metro cúbico de água, o equivalente a mil litros. O processo pode ser repetido uma vez a cada quatro dias, mantendo a água numa condição adequada por até 20 dias, se não for suja com terra ou areia, o que pode obrigar o morador a fazer a troca.

É importante que os moradores também reutilizem a água. “Os moradores devem adotar a prática do reuso. Quando houver necessidade de descarte, o ideal é que a água dessas piscinas seja armazenada em baldes e bacias para depois ser reutilizada na lavagem de carros e calçadas, em vez de gastar novamente água tratada para essas atividades”, recomenda Zarpelon. 

Cristina Esteche

Jornalista

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