PM registra perturbação do sossego na maioria dos bairros de Guarapuava

A Polícia Militar recebe, em média, duas a três chamadas por dia por perturbação do sossego em Guarapuava. As ocorrências são registradas na maioria do bairros da cidade com número maior de chamadas geradas do Centro, Boqueirão, Bairro Industrial e São Cristovão. Mas a maioria das reclamações se refere aos aparelhos de som em alto volume.

A lei do ruído e do sossego público estabelece parâmetros para a proteção do bem-estar, de acordo com a região, atividade e, ao contrário do que muitos pensam, não se limita até às 22h. “A pessoa que se sente prejudicada por algazarras, excesso de ruídos e perturbação de qualquer espécie tem o direito assegurado por lei em garantir o seu sossego, caso isso não se consiga pelo diálogo, a PM deve ser chamada a qualquer hora do dia”, esclarece a PM Danielle.

O limite de som é de 85 decibéis durante o dia e 45 decibéis à noite. "O número de ligações que recebemos pelo 190 por perturbação é alto, se pensarmos que elas são motivadas por dificuldade das pessoas se adequarem em regras básicas de convívio social. A lei é um mecanismo que temos a favor da polícia para reduzir esse tipo de problema", diz a PM.

Segundo a polícia, a maioria das ocorrências se concentram no fim de semana e tem como causas desde som alto em festas e bares até reclamação sobre o barulho gerado por som acima da média permitida em residências e carros automotivos. A PM acredita que a fiscalização punitiva possa reduzir o número de reclamações por perturbação do sossego.

Janete Alvarenga, moradora do Boqueirão,  reclama que diariamente enfrenta problemas com moradores da  sua rua. "É todo dia e não tem hora para fazer barulho. Os jovens colocam carros com som nas alturas e não adianta reclamar. Estou sob efeito de remédio, de nervoso que tenho passado. A aplicação de multas é uma demanda para ontem, uma atitude tem que ser tomada. Só sentindo no bolso para respeitarem".

Foto ilustrativa