Os deputados de Guarapuava que compõem a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Pedágio, Artagão Junior e Bernardo Carli participaram da audiência realizada nesta terça feira (04), na Assembleia Legislativa do Paraná.
O presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportes Autônomos), Dilmar Deleo Cunha Bueno, que foi ouvido, disse que não é contrário ao pedágio. “Somos contra a alta tarifa”. Segundo Bueno, o caminhoneiro autônomo sofreu arcando com os custos. “Mas essa redução não nos beneficiou, pois quando os preços voltaram ao normal, o frete não aumentou”, disse, relembrando o ato unilateral do ex-governador Jaime Lerner, que baixou as tarifas em 50%, e, um 1,8 ano depois, através de decisão judicial, os preços voltaram ao valor inicial.
Ainda segundo Cunha Bueno, a lei do Vale-Pedágio não é cumprida no Paraná. A lei federal nº 10.209, de 2001, obriga o embarcador – o proprietário da carga – a arcar com os custos do pedágio. “Hoje, 55% do escoamento nas rodovias brasileiras são feitos por caminhoneiros autônomos. É preciso haver uma fiscalização para que o Vale-Pedágio seja pago”.
A próxima reunião da CPI do Pedágio, dia 11, terá o depoimento do ex-secretário dos transportes, Heinz Hering, que esteve à frente da pasta na época das concessões. Para essa reunião Carli sugeriu como convidado o doutor em economia e especialista em contas públicas Raul Velloso.
“É um dos maiores técnicos no assunto do Brasil, com experiência e conhecimento que tenho certeza contribuirão com os nossos trabalhos e para que a CPI apresente um relatório final bem qualificado”, argumentou.