22/08/2023


Geral

Apesar do ´algemaço´, policiais federais trabalham normalmente em Guarapuava

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Apesar de policiais federais no Paraná decidirem paralisar parte dos serviços desde o início da madrugada desta terça feira (11), em Guarapuava o atendimento continua normal. O movimento denominado "algemaço" ocorre em apoio à manifestação nacional, que reivindica melhores condições de trabalho, aumento do efetivo, reconhecimento de função de nível superior e cortes de verbas. A paralisação vai durar 24 horas, segundo o Sindicato dos Policiais Federais do Paraná. "A PF está na UTI. Nós estamos tentando tirar. Precisamos que a sociedade se mobilize para que a categoria não acabe. Se isso acontecer, quem vai sofrer é o povo", disse ao G1 o presidente do Sinpef/PR, Fernando Vicentini.

Em Curitiba, a concentração começou às 8h30 na sede da superintendência da PF. Com um carro de som, os policiais seguiram até a Arena da Baixada e fizeram uma panfletagem. Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, as atividades de investigação e operacional estão paralisadas. Em Londrina, os policiais também paralisaram as atividades. Eles estão concentrados na sede da PF. "Atualmente, é exigido o nível superior no ingresso à Polícia Federal, porém as atribuições são de nível médio. Queremos que seja criada uma lei orgânica que estabeleça isso, até por conta do trabalho que se desenvolve", disse Flávio Uliano, representante do sindicato em Londrina.

Os policiais federais de Maringá também aderiram à paralisação. Trinta policiais paralisaram as atividades. Em Foz do Iguaçu, os policiais estão reunidos no sindicato local para decidir sobre as próximas paralisações e greve por tempo indeterminado. "Os trabalhos estão bastante prejudicados, já que nós estamos mantendo o mínimo legal necessário para atendimento dos postos e dos serviços mínimos da delegacia. Os policiais estão cumprindo uma agenda de dois meses com mobilizações e paralisações", relata a diretora do sindicato, Bibiana Orsi.

A diretora disse ainda que a paralisação pode passar de 24 horas. "Nós podemos evoluir para um quadro de greve. Vai depender da continuidade do sucateamento da PF. Estamos denunciando essa situação há cinco anos, fizemos uma greve de 70 dias em 2012 e o governo não cumpriu nenhuma parte do nosso acordo. Em ano de Copa não dá para abandonar a segurança", destaca. Na Ponte da Amizade, os policiais federais estão trabalhando apenas no setor de migração. A fiscalização de veículos e pessoas está suspensa.

Cristina Esteche

Jornalista

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