22/08/2023
Geral

Atraso em obras agrava crise elétrica

A falta de chuvas e a queda no nível dos reservatórios fizeram o mercado voltar atenção para a energia nova que deve entrar no sistema. O problema é que mais de 60% das obras de geração e transmissão estão atrasadas, algumas em mais de um ano. Os atrasos agravam a exposição das distribuidoras num momento em que o preço da energia no mercado livre é o maior permitido – R$ 822 o megawatt-hora (MWh). Os dados são da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realizada em dezembro. Desde então, informações sobre atrasos sumiram das atas.

Devido ao histórico de atrasos nas obras de implantação de linhas de transmissão nos últimos anos, as companhias CEEE-GT, Iesul e as estatais federais Chesf e Furnas estão proibidas de liderar consórcio ou de participar individualmente do próximo leilão de transmissão, marcado para 9 de maio.

O impedimento está baseado em uma norma incluída pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nos editais de transmissão em 2013, que prevê restrições à participação de empresas com atrasos recorrentes. Mas as empresas podem integrar consórcios, desde que a sua participação seja limitada a 49%.

No total, serão leiloados 13 lotes em 12 estados, com investimento estimado em R$ 5 bilhões pela Aneel. As linhas devem entrar em operação no prazo de 24 a 42 meses a partir da assinatura dos contratos.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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