Hospitais particulares: trabalhadores decidem até meia-noite se aceitam proposta de conciliação

Da redação com assessoria

Os trabalhadores de hospitais privados e filantrópicos de Curitiba e Região Metropolitana devem decidir, até meia-noite desta terça-feira (3/6) se aceitam a proposta de conciliação feita pelo TRT-PR no dissídio coletivo da categoria. O reajuste proposto é de 10% no piso salarial e de 7,93% para quem ganha acima deste valor-base. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (SINDESC) havia convocado greve para esta quarta-feira (4/6).

A proposta feita pela desembargadora Ana Carolina Zaina, vice-presidente do tribunal, já foi aceita pelo Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (SINDIPAR). A magistrada ressaltou a importância de as partes atingirem rapidamente uma composição amigável, em virtude de se tratar de serviço essencial que envolve aproximadamente 20 mil trabalhadores.

Além dos índices salariais, a desembargadora propôs ainda a fixação da data-base para 1º de maio, majoração do auxílio-alimentação para R$ 300 e aumento da base de cálculo para o adicional de insalubridade – que alcançaria R$ 750 em maio, passando a R$ 850 a partir de 1º de janeiro de 2015. No reajuste de 7,93%, 6,8% seriam aplicados já em maio, e os demais 1,13% incidiriam a partir da folha de janeiro de 2015. Considerando que o INPC para o período foi de 5,82%, os trabalhadores teriam um ganho de 2,1% acima do índice oficial de inflação.

Caso haja recusa das propostas feitas em audiência e seja mantida a greve, o dissídio será levado a julgamento pela Seção Especializada do TRT-PR. Se não houver paralisação, independentemente de aceitação ou não das propostas do Juízo, as tentativas de conciliação serão mantidas.