União de esforços é fator crucial para fomento econômico e turístico, diz Rui da ´ConventionBureau´

Por Lizi Dalenogari

Guarapuava conheceu uma receita de sucesso para o fomento da atividade econômica e do turismo em todos os seus segmentos na noite desta sexta (18), no mini auditório da Unicentro (Universidade Estadual do Centro Oeste) com a palestra do superintendente do Iguassu Convention Bureau, Rui Carvalho, de Foz do Iguaçu.

Especialista no assunto onde atua há 37 anos, jornalista, escritor,  Rui Carvalho é um admirador confesso da metodologia que hoje se difunde pelo país inteiro como uma ferramenta para provocar o desenvolvimento sócio-econômico dos  municípios. Resumidamente e de uma maneira franca, própria de quem domina o assunto totalmente, Rui deixou claro os empresários presentes que a união de esforços é o fator crucial para o sucesso do projeto.

De acordo com Rui Carvalho, a entidade, que deve ser composta  por um grupo de pessoas interessadas, é sem fins lucrativos e tem o trabalho voltado à sistematização de apoio e captação de eventos. “É uma mudança de cultura, uma nova visão da classe empresarial, instituições e entidades, que deixam de ‘olhar para o próprio umbigo’ e buscam benefícios coletivos”.

Para a empresária Giovana Casagrande a iniciativa pode contar com seu irrestrito apoio. “Precisamos unir forças e trabalharmos juntos. O Rui demonstrou com muita clareza e propriedade que estamos no caminho certo em muitos quesitos mas ainda precisamos nos organizar em muitos setores e para isso nada melhor do que iniciarmos esta discussão e arregaçarmos as mangas juntos. Todos sairemos ganhando certamente”, destaca a empresária.

Segundo Rui Carvalho, quatro eixos são fundamentais para que a entidade funcione: acesso regional, rede hoteleira, espaço para eventos e atrativos turísticos. “Este último eu considero a cerejinha do bolo, pois enquanto os participantes estão num congresso, por exemplo, sua família pode estar participando de atividades turísticas, fazendo compras”.

Como em qualquer outro projeto, um Convention & Vistors Bureau, embora seja entidade sem fins lucrativos, precisa de recursos financeiros para que possa ser eficiente. Grande parte da receita para a manutenção provém da chamada “taxa de turismo." “É uma contribuição paga pelos hóspedes dos hotéis participantes da entidade solicitada, na hora do fechamento da conta”. Nesse caso se faz necessário o comprometimento do empresário do setor em cobrar e repassar  valor à entidade, já que não existe uma maneira de controle sobre a cobrança ou não da taxa. O restante do recurso necessário é oriundo da mensalidade cobrada dos mantenedores. “Essa receita é para pagamento da estrutura física e humana do escritório”.

Para Melaine Vollweiter, empresária do ramo hoteleiro de Entre Rios, o fato de se  chegar a este momento de consenso já demonstra um fator muito positivo e que certamente trará importantes avanços a médio e longo prazo para o setor. “Acabamos por entender que concorrente não é inimigo e sim parceiro e que se unirmos esforços compreenderemos que há espaço para todos e campo de crescimento numa reação em cadeia naturalmente. Isso tudo é muito produtivo. As forças vivas da cidade precisam se unir e fazer acontecer, como bem colocou o Rui”, destacou a empresária.