As usinas termelétricas em operação deverão ficar ligadas até o final deste ano. A afirmação foi feita hoje (22) pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, durante evento na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Segundo ele, a expectativa é que haja uso “acentuado” das termelétricas nos próximos meses e até o próximo ano. As termelétricas são usadas para garantir o abastecimento de energia quando os reservatórios das usinas hidrelétricas estão baixos.
Segundo projeção da ONS, os reservatórios das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste (a principal fornecedora de energia ao Sistema Interligado Nacional) devem fechar julho em nível de 33% de energia armazenada, chegando a 18,5% em novembro deste ano, caso as previsões meteorológicas se confirmem.
A ideia é que, mesmo que o regime de chuvas que enche os reservatórios das hidrelétricas seja equivalente à média histórica, as termelétricas vão continuar funcionando. “[O objetivo é garantir] o armazenamento [de água nos reservatórios]. Não deixar o nível cair tanto e tentar recuperar um pouco o reservatório e dar uma tranquilidade”, disse Chipp.
As usinas termelétricas funcionam com combustíveis como gás natural e óleo. Por isso, podem ser ligadas e desligadas de acordo com a necessidade. Mas, além de serem consideradas mais poluentes que as hidrelétricas, têm um custo maior de geração. Ou seja, quanto mais energia produzida por essas usinas, mais cara fica a conta de luz do usuário final.