22/08/2023
Cotidiano

Comissão montada pela Acig vai pleitear duplicação da BR- 277

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Guarapuava – A Acig (Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava) montou comissão permanente para duplicação da BR-277. Além da Acig, outras cinco
associações comerciais compõem a comissão: de Cascavel, Laranjeiras do
Sul, Foz do Iguaçu, Toledo e Ponta Grossa. As coordenadorias regionais da
Fiep (Federação da Indústria do Estado do Paraná) também farão parte.
A comissão ainda não esta oficialmente constituída. A coordenação do
início dos trabalhos está a cargo do presidente da Acig, Valdir Grigolo.
Ainda este mês deve feita reunião para formá-la.
De acordo com Grigolo, a comissão vai acompanhar o processo
pró-duplicação, visitando as concessionárias e órgãos governamentais para
intermediar a viabilização dos projetos. “A Acig não brigará sozinha.
Vamos ter os principais parceiros juntos no mesmo processo”.

Atuação
A Acig é incansável nas reivindicações para a duplicação da BR-277. Para a
associação, trata-se de um gargalo a ser resolvido de modo a propiciar
maior desenvolvimento econômico. Por isso, apenas este ano, diretores da
Acig estiveram reunidos duas vezes com representantes da Caminhos do
Paraná. Em março, ocorreu diálogo também com a Ecocataratas.“Estivemos
cobrando da concessionárias ações sobre a necessidade da duplicação. A
associação tem avaliação muito clara com relação ao crescimento da
demanda”, afirma o presidente da Acig, Valdir Grigolo.
Pelo contrato, a concessionária só teria de fazer a duplicação em 2019,
mas Grigolo entende que até lá a rodovia entrará em colapso. “Como a
rodovia é a espinha dorsal do Estado do Paraná entendemos que para o
crescimento do Estado essa previsão de início das obras tem de ser
antecipada”. Para que isso aconteça, o presidente da Acig disse que é
preciso estar constantemente atendo e negociando. “A acig vai continuar
insistindo na abertura de conversa para que não se deixe a duplicação para
quando o tráfego estiver estrangulado e o Paraná já tiver perdido muito
dinheiro em função do gargalo”.
O principal gargalo para Guarapuava é o trecho de aproximadamente 45
quilômetros entre a cidade e o trevo do Relógio, em Prudentópolis. Mas a
Acig quer a duplicação em toda a extensão da BR-277.
Duplicar a rodovia é investir no desenvolvimento econômico, frisa Grigolo.
“Precisamos melhorar o transporte de produção. O custo da tonelada do
produto colhido para levar para o porto é muito alto em razão do tráfego
lento”.
Ter estrada que permite o correto escoamento da produção é primordial para
atrair empresas de fora para Guarapuava. “A falta de estrada duplicada
inibe investimentos. Na medida em que se olha para o mapa e a distância de
Paranaguá aumenta, crescem também os gargalos”.
É também uma questão de segurança. “A viagem demora, os carros de passeio
ficam atrás de caminhões, há desgaste e aumenta o risco de acidentes”.

Atuação da Acig vira notícia no PR
Jornais de outras cidades estão reconhecendo os esforços da Acig pela
duplicação da BR-277. O Jornal da Manhã, de Ponta Grossa, fez em julho,
por um semana, especial dedicado ao tema e deu destaque à atuação da
associação.
O jornal mostrou que desde 2006 um grupo de empresários, políticos e
membros de entidades de classe ponta-grossense está mobilizado em torno de
uma questão que pode impulsionar o desenvolvimento de todo o eixo
leste-oeste paranaense. Segundo à reportagem, unida com a cidade de
Guarapuava, Ponta Grossa trabalha silenciosamente para que seja duplicada
a rodovia BR-373, no trecho de 145 quilômetros que liga os dois
municípios.
Para dar força às reivindicações, a Acig foi uma das signatárias de um
protocolo de intenções entregue ao secretário dos Transportes, Rogério
Tizzot, em 2006. “Estive no DER (Departamento de Estradas de Rodagem)
protocolando o documento, entreguei nas mãos do secretário, mas não
tivemos resposta”, afirmou Grigolo ao JM. “Se entende claramente que um
Estado não se desenvolve se o meio de comunicação rodoviário é péssimo”,
completa.
Em outra matéria, ainda no especial sobre a duplicação, o Jornal da Manhã
estampou em manchete: “Guarapuava age e PG ‘esquece’ projeto”. A
reportagem diz que Guarapuava foi a primeira a tomar as rédeas
empreendimento pela duplicação. “A Acig percebeu que a duplicação pode
colocar a região em um novo patamar de desenvolvimento e começou a reunir
apoios no ano de 2006”, diz trecho da matéria.
O texto ainda cita que com paciência Grigolo mantém conversas com
políticos, entidades e com a Concessionária Caminhos do Paraná. “Estive
com o doutor Rui (Rui Giublin, presidente da ‘Caminhos do Paraná’), e ele
nos afirmou que tem interesse em duplicar o que for preciso, mas que
precisa conversar com o governo do Estado. O que ele tem falado é que a
concessionária aos poucos investe na terceira pista, em alguns gargalos da
estrada”, relata Grigolo.

Cristina Esteche

Jornalista

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