22/08/2023
Saúde

Saúde mental será tema de debates no Paraná

Foz do Iguaçu será sede, nos dias 4 e 5 de setembro, do II Encontro de Psiquiatria e do I Encontro de Saúde Mental de Foz do Iguaçu. Na ocasião, consultores do Ministério da Saúde, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras e entidades que atuam como porta-vozes dos direitos dos pacientes, entre outros, estarão reunidos no Hotel Bourbon para discussões sobre os diversos distúrbios mentais, acesso a tratamentos médico e medicamentoso adequados, perspectivas de tratamento para a esquizofrenia, políticas públicas de saúde mental, assistência prestada pelos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) etc.
De acordo com projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2015, os transtornos mentais serão a segunda maior causa de morbidade entre todas as doenças, perdendo apenas para as cardiovasculares. Cerca de 9% da população brasileira sofre de transtorno mental grave. O estigma associado às doenças da mente, seus portadores, familiares e os próprios psiquiatras, ainda é o principal problema na informação e entendimento sobre saúde mental. Para o psiquiatra Maureci Turnes, “a promoção da inclusão social, o tratamento adequado, a disseminação de informações corretas e o combate ao estigma é uma tarefa de todos”.
A iniciativa da Associação Médica de Foz do Iguaçu tem o patrocínio da indústria farmacêutica Eli Lilly do Brasil e de outros laboratórios farmacêuticos. Também conta com o apoio dos hospitais Costa Cavalcanti e Vera Cruz, da Itaipu Binacional, Unimed do Oeste do Paraná, Prefeitura de Foz do Iguaçu, 9ª Regional de Saúde, Conselho Municipal sobre Drogas e dos conselhos regionais de Psicologia e de Enfermagem. Participam da comissão organizadora os médicos Nelson Mendes, Lourdes Braun, Luiz Ferreira, Márcia Maciel, Maureci Turner, Camilo Lima e Dângelo Campos; e os psicólogos Mara Baran e Márcia Lima, e os enfermeiros Daniela Mendes e Marcos Coverde.

Sobre a Esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno mental que aparece no início da vida adulta, a partir dos 15 anos de idade, quando o individuo começa a ter um comportamento diferente diante das atividades diárias e dificuldade de relacionamento. Falta de interação com os pais e irmãos, isolamento, permanecer muitas horas na internet e diminuição do interesse por assuntos diversos são algumas características do transtorno.
A esquizofrenia é uma doença grave e quanto antes for iniciado o tratamento, melhor será sua evolução, mas frequentemente é necessário que o acompanhamento se dê para toda a vida. A incidência é semelhante em ambos os sexos, mas as estatísticas indicam que o problema costuma se manifestar mais tarde nas mulheres. Raramente os sintomas aparecem antes dos 12 anos de idade ou depois dos 40. A doença é relativamente comum e afeta cerca de 1% da população mundial.

Cristina Esteche

Jornalista

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