22/08/2023


Geral

Criação de empregos formais tem pior mês de novembro em 6 anos

O país gerou 8.381 vagas de emprego formais no mês de novembro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quinta feira (18). De acordo com o governo, o saldo de postos gerados é resultado da admissão de 1.613.006 e da demissão de 1.604.625 trabalhadores.

Segundo dados oficiais, o saldo de empregos gerados em novembro representa uma queda de 82% em relação ao mesmo mês de 2013, quando foram criados 47.486 postos de trabalho com carteira assinada. O resultado também é o pior para um mês de novembro desde 2008, durante a crise financeira mundial, quando foram cortadas 40.821 vagas formais – ou seja, é o pior em seis anos.

Apenas três dos oito setores da economia pesquisados registraram expansão do emprego em novembro, informou o Ministério do Trabalho. O comércio abriu 105 mil vagas e os serviços contrataram 29,5 mil trabalhadores no mês passado. Por outro lado, setores como a indústria de transformação, a construção civil e a agricultura tiveram demissões em novembro, de, respectivamente, 43,7 mil, 48,8 mil e 32,1 mil trabalhadores.

ACUMULADO DO ANO

No ano, o saldo de vagas geradas é positivo, em 938,04 mil postos de trabalho com carteira assinada. Com isso, houve uma queda de 39,3% frente ao mesmo período de 2013 – quando foram gerados 1,54 milhão de empregos formais.

O resultado da criação de empregos formais, no acumulado dos onze primeiros meses deste ano, também foi o pior, pelo menos, em 13 anos, ou seja, desde o início da série disponibilizada pelo governo em 2002. Também foi a primeira vez que o saldo ficou abaixo de um milhão neste período.

Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2014, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de outubro). Os dados de nvoembro ainda são considerados sem ajuste.

Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos onze primeiros meses deste ano, com 614.782 postos abertos, contra 652.522 no mesmo período do ano passado. O setor inclui trabalhadores como médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons e motoristas.

A indústria de transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsável pela contratação de 7.990 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a novembro do ano passado, ela abriu 289.937 vagas. O resultado até novembro deste ano foi o pior, pelo menos, desde 2002.

A construção civil, por sua vez, registrou a abertura 25.452 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a novembro deste ano, contra 182.454 vagas no mesmo período de 2013. Já o setor agrícola gerou 63.276 empregos nos onze primeiros meses deste ano, contra a abertura de 73.849 vagas no mesmo período do ano passado.

O comércio, por sua vez, registrou a abertura de 191.533 vagas formais de janeiro a novembro deste ano, contra 296.376 vagas abertas nos onze primeiros meses de 2013.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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