22/08/2023
Agronegócio

Clima favorece safras de milho e soja, mas prejudica o feijão

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Cristina Esteche

As condições climáticas dos últimos meses tem dois tipos de influência sobre a agricultura. Se as chuvas das últimas semanas beneficiam as safras do milho e da soja, também são prejudiciais a outras culturas, principalmente, para o feijão.

De acordo com o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural), ligado à Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, Dirlei Manfio, inicialmente, o milho passou por uma fase crítica por causa da estiagem dos últimos meses do ano passado e pelo aparecimento de lagarta. “Porém, a safra se recuperou e em dezembro o milho verde já pode ser colhido”. O auge dessa fase acontece em janeiro e o milho verde pode ser consumido até o final deste mês. A área plantada nos 12 municípios ligados ao escritório regional de Guarapuava é estimada em 78,30 mil hectares contra 255 mil hectares de soja.

Prudentópolis

Maior produtor de feijão do Paraná, o município de Prudentópolis foi o mais prejudicado pelas condições climáticas, comprometendo a qualidade de parte da safra nas localidades da região sul do município. Mecanizada e considerada o top da lavoura a área total prevê a colheita entre 50 e 55 sacas por alqueire. “Se a produtividade é boa, a qualidade está comprometida nas áreas já colhidas”, diz Manfio. Nos 30% que ainda faltam colher a estimativa é de 80 a 90 sacas por alqueire, “se nada afetar a lavoura”. De acordo com o técnico do Deral, nessa faixa a qualidade e a produtividade estão garantidas.

Na região sul onde  o cultivo ainda é tradicional, no toco e na roçada, a colheita já foi encerrada obtendo em média entre 25 e 30 sacas por alqueire.

Nos demais municípios da região  52%  da área cultivada, o equivalente a sete mil hectares já foram colhidos. “São mecanizadas e a qualidade e produtividade estão garantidas”.

Cristina Esteche

Jornalista

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