Beto Richa reconhece "erros e equívocos" na condução de medidas

Cristina Esteche

O governador Beto Richa (PSDB) reconheceu “erros e equívocos” na estratégia de condução  do pacote de medidas de  austeridade enviado à Assembleia Legislativa no começo de fevereiro. As medidas propostas pelo governo desencadearam a greve chamada pela App-Sindicato e que já entra no 17o dia de paralisação, agregando outras categorias de servidores públicos estaduais.

Em entrevista concedida à RPC no horário do almoço nesta quarta feira (25), o governador reconheceu que deveria “ter discutido mais” com a sociedade antes  de mandar a mensagem aos deputados, mas justificou a iniciativa dado “ao momento de urgência”  que atravessa o Estado. Richa, entretanto, fez um link da dificuldade financeira estadual ao cenário federal.

 Em seguida, Beto Richa lembrou que o diálogo é  marca do seu mandato  e que está negociando com os professores e demais servidores públicos estaduais para colocar um fim à greve, já que a pauta foi atendida. Além disso, segundo o governador, a proposta de comissão geral aconteceu apenas porque as comissões permanentes ainda não estavam constituídas.

A partir das negociações desta quarta feira (25), o governador acredita que a greve acaba “o mais rápido possível”.  Segundo o governador, o movimento tomou proporções maiores do que o governo esperava , numa referência às demais categorias.  “Num momento como esse, todas as categorias que tenham uma reivindicação, por menor que seja, aproveitam o embalo”.

Beto Richa também anunciou que a situação financeira do Paraná deve ser estabilizada nos próximos meses e que numa medida de austeridade congelou o seu salário e o de todos os que compõem o primeiro escalão do governo.