22/08/2023
Agronegócio

DNIT apóia ramal da Ferroeste entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá

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Foz do Iguaçu – A construção do ramal Guarapuava-Paranaguá deve ser prioritária no projeto de expansão da Ferroeste, afirmou nesta sexta-feira (18) o diretor geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, em Foz do Iguaçu, onde se encontra para empossar o novo superintendente regional do órgão no Paraná, José da Silva Tiago. A opinião de Pagot coincide com a posição do Governo do Paraná e dos órgãos de representação dos engenheiros do Estado (Crea, Senge, IEL), assim como com a do setor produtivo paranaense (Faep, Fiep, Faciap, Fecomércio e Ocepar).
Pagot, que participou do Encomex Mercosul, dias 16, em Foz do Iguaçu, e faz vistorias em várias cidades do Oeste do Estado, ressaltou que entre os projetos da Ferroeste incluídos no novo Plano Nacional de Viação – PNV o trecho Guarapuava-Paranaguá no momento ¨é o mais importante¨. Segundo ele, ¨o novo ramal Guarapuava-Paranagua¨, projeto da Ferroeste, é uma obra vital para a viabilidade dos outros ramais do projeto.
“É muito importante a ferrovia avançar na direção de Maracaju (MS)”, afirma Pagot, ¨mas a estrada atual (a antiga estrada de ferro da RFFSA) remete a um grande gargalo que deve ser equacionado”. Para o diretor geral do DNIT, “é preciso resolver o problema do gargalo da atual ferrovia”.
Pagot lembrou que o “novo ramal da Ferroeste a Paranaguá tem um traçado melhor, encurta em muitos quilômetros a distância até o porto e, principalmente, a eficiência das operações”. O novo ramal Guarapuava-Paranaguá vai reduzir a distância ferroviária de Cascavel a Paranaguá em 125 quilômetros. Além da redução da distância, o transporte, que leva hoje até dez dias, será reduzido para dois dias.
Luiz Antônio Pagot também disse que o novo ramal da Ferroeste “passará por fora de Curitiba” evitando as atuais manobras de trens dentro da cidade, o que implica, segundo ele, “em custos muito altos de operação”.
O diretor geral do DNIT apóia ainda a posição do presidente da Ferroeste de que os novos ramais devem ser construídos em sistema misto, ou seja, com bitola métrica e larga (três trilhos). “Os ramais da Ferroeste deveriam ser transformados em sistema misto”, enfatiza.
A bitola mista permitirá que a Ferroeste se integre com a ferrovia Norte-Sul, em Maracaju (MS), “vertebrando o Brasil pelo seu interior de Norte a Sul, em bitola larga, como uma ferrovia do século 21 de alta capacidade de transporte e trens da maior velocidade”, disse Samuel Gomes. “Ao mesmo tempo, explica, a bitola métrica dos novos ramais vai assegurar a integração das linhas da Ferroeste com a malha de bitola estreita da extinta RFFA”, conclui.

Da assessoria

Cristina Esteche

Jornalista

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