Fim da greve: aulas começam nesta quinta

Cristina Esteche, com foto do Blog do Esmael

Professores e servidores do magistério no Paraná decidiram, em Assembleia, interromper a greve e as aulas retornam nesta quinta feira (12), nos colégios estaduais.

A decisão foi tomada nesta segunda feira (09), durante Assembleia no Estádio Durival de Britto e Silva, na Vila Capanema, em Curitiba. Mais de 10 mil professores definiram a paralisação, segundo calculus da App-Sindicato.

De acordo com a entidade, apesar do sentimento de desconfiança em relação ao governo estadual, a categoria decidiu pela suspensão da greve, após 29 dias de embates diretos com o governo do Estado. Com a suspensão, mantém-se o "estado de greve", e a mobilização continua, para garantir que os compromissos assumidos sejam cumpridos.

“Professores e funcionário deliberaram que é o momento de voltar às aulas, por considerarem que o desempenho do movimento possibilitou o debate e garantiu que pauta inicial da greve fosse atendida”, disse a App em nota postada no site da entidade.

A partir de hoje, as escolas terão dois dias para a organização e reestruturação administrativa e pedagógica nas escolas. “Na quinta feira os alunos voltam às aulas com uma lição: a união  tem o incrível poder de educar e mudar os rumos da história. A primeira aula em sala de aula contará com um exemplo de cidadania de professores(as) e funcionários(as)”, diz a App.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, disse que o movimento teve conquistas, mas lembra que  a “pauta histórica” da categoria tem mais de 50 itens. “A pauta foi formulada e aprovada desde abril do ano passado, e a APP solicitou reabertura desta pauta para que este governo ou qualquer outro governo jamais ouse atacar os direitos da categoria. É uma greve de resistência considerada por este sindicato e por todo país como exemplo de mobilização".

Para a professora Walkíria Olegário Mazetto, secretária educacional da APP, a  suspensão da greve, marca o fim da partida, mas o estado de greve está mantido. "A mobilização é para além da greve, é na escola, no nosso local de trabalho que também mostramos nossa força", afirmou.