O tradicional churrasco de final de semana de uma família em Paranaguá (a 80 km de Curitiba), no litoral do Paraná, foi interrompido no último domingo (19) após o corte de um gomo de uma linguiça, do tipo toscana, recheada com uma erva semelhante à maconha.
O alimento já havia sido assado na churrasqueira e, ao ser cortado, exalou o odor característico da droga. Ao contrário do recheio esperado para o tipo de linguiça adquirido –carne e gordura suína com temperos– , o interior do gomo estava repleto de erva. Parte do alimento foi recolhido pela Polícia Civil nessa terça feira (22) para análise. O restante havia sido devorado por uma cadela pertencente à família, após cair no chão.
De acordo com Roberto Alves, um dos participantes do churrasco frustrado, a família havia comprado um pacote de um quilo da linguiça e uma peça de alcatra em um supermercado da cidade. A ideia era o preparo de um churrasco para o almoço.
Após assar a linguiça, Alves contou que todos se assustaram quando o gomo foi cortado. "O susto fez até o gomo cair no chão e a Nina, nossa cadela, conseguiu abocanhar um pedaço", disse. Apesar de de ter ingerido a linguiça, aparentemente o cão, sem raça definida, não apresentou qualquer sintoma de consumo da droga. Ana Alves, irmã de Roberto, chegou a fotografar o alimento e postar em sua página em uma rede social. A postagem foi apagada depois
No pacote contendo um quilo, apenas um dos gomos apresentou o recheio inusitado. Os demais eram compostos do recheio tradicional para o tipo toscana. "Mesmo assim, ninguém mais quis comer", disse Alves.
O delegado-adjunto da 1ª Subdivisão Policial de Paranaguá, Nilson Santos Diniz, determinou a apreensão do que sobrou da linguiça e vai encaminhar o material para análise pericial. De acordo com declarações de Dini à imprensa, o recheio encontrado na linguiça é semelhante à maconha, apresentando a textura e cheiro da erva.
Ele disse que se o resultado comprovar que a erva é cannabis sativa, vai instaurar inquérito para investigar tráfico de drogas e tentar localizar o local onde a droga foi introduzida no embutido.