22/08/2023


Geral

Morre no Rio o ator Elias Gleizer

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Da Redação

Morreu na manhã deste sábado (16), no hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, o ator Elias Gleizer. Ele estava internado desde 06 de maio, após fraturar cinco costelas e perfurar o pulmão durante uma queda de escada rolante. A causa da morte, comunicada pelo hospital, foi por conta de complicações que levaram à falência circulatória após uma bronco-pneumonia.

No dia 6, Gleizer havia saído apenas para ir ao dentista. O próprio dentista foi buscar o ator em sua casa, na Barra da Tijuca, para levá-lo ao consultório, em uma galeria em Copacabana. Na subida pela escada rolante, Gleizer caiu, quebrando as costelas e perfurando o pulmão. Ele foi internado e atendido de imediato, mas logo começaram algumas complicações: ele pegou uma pneumonia e uma infecção hospitalar, segundo sua cuidadora, Shirley. O ator já havia saído da UTI para a semi-UTI, mas não resistiu.

O enterro deve ser no Rio de Janeiro, ainda a confirmar, mas com certeza, apenas a partir de hoje (17), por ele ser judeu. Quando morre alguém desta religião num sábado, segundo suas doutrinas, só se pode dar sequência ao luto e às resoluções após o pôr do sol. Sua única irmã, Rosa, está vindo de São Paulo para o Rio de Janeiro para resolver as burocracias. Aos 81 anos, Gleizer nunca casou nem teve filhos.

O ator Bruno Gagliasso, que foi seu neto na novela Caminho das Índias, foi o primeiro a postar sobre a morte do ator, em seu perfil no Instagram uma foto do ator e a carinhosa mensagem: "Meu avô querido… Chegou a hora de descansar".

Em 56 anos de carreira, iniciada na TV Tupi, em 1959, Gleizer participou de mais de 50 novelas, séries e minisséries, sendo seu último trabalho na novela Boogie Oogie, em 2014. Seu tipo bonachão e seu jeito doce sempre renderam muitos personagens do mesmo estilo, incluindo 10 padres, e por isso o carinho da classe, como Bruno Gagliasso em lhe chamar eternamente de "avô". “Eu fiz mais de cinco novelas com crianças. Eu tenho cara de vovô. Mas fiz mais novela de padre. Foram dez padres. Também fiz frei, só não consegui ser bispo”, brincou ele, em depoimento ao Memória Globo, em 2011.

Na Globo, Gleizer iniciou em 1984, a convite de Walther Negrão, para atuar em Livre para Voar, e se destacou em várias novelas e minisséries de sucesso, como Direito de Amar (1987), Fera Radical (1988), Tieta (1989), Explode Coração (1995) e Chiquinha Gonzaga (1999). Seus mais recentes trabalhos, além da participação em Boogie Oogie, foram Flor do Caribe (2013), Terra Nostra (1999), Sinhá Moça (2006) e Passione (2010). Ele ainda participou de Malhação, Zorra Total, e do filme Didi Quer Ser Criança (2004).

Cristina Esteche

Jornalista

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