22/08/2023
Geral

Após anos de violência, há exemplos de superação

Cristina Esteche

Ana (nome fictício) vivia há dez anos com o companheiro. Uma década de violência psicológica com ameaças, proibições, ciúme descontrolado. Ela não podia sequer conversar com os irmãos que era ameaçada de morte.  

Ele já havia saído de casa, mas retornou, começou a agredi-la e a expulsou de casa. Nessa situação ela fez o Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher e  procurou a Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher em Guarapuava, onde foi acompanhada para pedir a medida protetiva, solicitação do divórcio e a guarda dos filhos. Ana também foi encaminhada a Agência do Trabalhador e pediu vaga numa das creches da cidade. Hoje ela trabalha, sustenta a casa, leva os filho à escola. Este é apenas um dos 15 acasos diários atendidos pela Secretaria da Mulher. 

"Nossa equipe multidisciplinar atende cerca de 15 mulheres todos os dias. Nesse número estão inclusos apoio psicológico, social e jurídico, que exigem um acompanhamento, muitas vezes, semanal", disse a secretária interina Adriele Inácio. Cada mulher que chega até a Secretaria é atendida quantas vezes forem necessárias até ela se sentir segura e emancipada.

Os encaminhamentos contam com a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher que envolve a Saúde, Assistência Social, Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil e Militar, Conselho Tutelar, IML, SAE e universidades públicas e privadas. 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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