Crise beneficia algumas profissões

Taís Nichelle

Anúncios de promoções que chegam a 70% estampam as vitrines das lojas. Reflexo da crise, que tem obrigado os lojistas a se adaptarem ao novo cenário. Porém, em alguns estabelecimentos, a crise nem chegou a passar pela porta. “Para mim está igual, continuo recebendo bastante serviço. Tenho feito muito conserto de calçados. Os clientes dizem que está muito difícil comprar novo, por isso preferem mandar arrumar”, conta Renato Pavelski, que trabalha como sapateiro há mais de 40 anos. 

Mara Santos é costureira desde os dez anos de idade. Chegou a trabalhar com vendas por alguns anos, mas voltou para o ramo da costura, com o qual sustentou os cinco filhos. Mara, assim como Renato, não foi afetada pela crise. “De julho pra cá aumentou muito o meu serviço. Tinha me programado para viajar duas semanas, mas tive que voltar em sete dias, para dar conta das roupas que os clientes pedem para reformar”, declara a costureira.

O trabalho é tanto, que ela teve que contratar a costureira Edi Santos para ajudar com a demanda. "Tem uma costureira que trabalha comigo alguns dias na semana, mas apenas nós duas não estávamos dando conta do serviço. Está difícil encontrar mão de obra, procurei bastante antes de encontrar a Edi", conta. 

(As costureiras Edi Santos e Mara Santos)