22/08/2023



Segurança

“Conto do paco” faz mais uma vítima em Guarapuava

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Guarapuava – O golpe é velho, muito velho. Mas existem sempre vítimas novas. Trata-se do “conto do paco”, caracterizado por um maço, aparentemente de dinheiro, mas feito de jornal e envolto por apenas uma cédula verdadeira. A última vítima foi abordada ontem (11), quando saia da agência da Caixa Econômica Federal, localizada no centro da cidade.

A vítima, cuja identidade não foi revelada, havia acabado de sair do banco e trazia consigo R$ 2.400, quando viu uma pessoa derrubar o pacote no chão. Na seqüência, uma terceira pessoa apanhou o embrulho e propôs que o mesmo fosse dividido, com a condição que a vítima desse o dinheiro que possuía como forma de garantia. Após receber o pacote, a pessoa constatou que havia apenas uma nota de R$ 50 – o restante do embrulho era preenchido com jornais.

De acordo com a descrição da vítima, um dos homens era alto, moreno e gordo, enquanto o outro tinha estatura média, pele clara e era magro. A polícia realizou patrulhamento no local, sem encontrar os golpistas.

Cuidados
De acordo com o delegado-adjunto da Polícia Civil de Guarapuava, Cristiano Augusto dos Santos, a principal dica para evitar golpes como esse é simples. “As pessoas devem desconfiar de dinheiro fácil, principalmente de pessoas desconhecidas. Além disso, a saída dos bancos é um local estratégico para quem quer aplicar um golpe em alguém”, comenta.

Ele destaca que o “conto do paco”, o golpe do bilhete premiado e o da recompensa são os mais comuns na cidade. “Por incrível que pareça, com todas as orientações dadas, há algumas semanas uma pessoa caiu no golpe do bilhete”, informa, destacando que muitas situações não chegam ao conhecimento da polícia já que algumas vítimas ficam com vergonha de procurar as autoridades e admitirem que forem enganadas.

Segundo o delegado, o número de golpes normalmente aumenta entre os dias 5 e 10 de cada mês, período em que muitas pessoas recebem pagamentos e pensões – os idosos são as vítimas preferenciais dos golpistas. “Nessa época, o efetivo da Polícia Militar também aumenta nos locais preferidos dos estelionatários”, afirma.

“No entanto, as pessoas precisam estar muito atentas, já que é difícil perceber que se trata de um golpe momentos antes e quando ele está acontecendo, devido a capacidade de convencimento dos estelionatários”, observa.

Foto ilustrativa (divulgação)

Cristina Esteche

Jornalista

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