22/08/2023
Política

“Se eu sou culpado, os outros são tão culpados quanto eu”, diz Strechar

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“Se eu sou culpado, os outros são tão culpados quanto eu”. A afirmação foi feita pelo presidente da Câmara Municipal de Guarapuava, Admir Strechar (PMDB) durante conversa com o radialista Celso Pinheiro, âncora do programa “Combate” levado ao ar pela Rádio Difusora de Guarapuava e pela Tevê Difusora.

Strechar se referiu aos outros cinco vereadores denunciados pelo Ministério Público por crime de peculato. A Operação Fantasma foi desencadeada pelo Ministério Público do Paraná e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) na terça-feira (25). Segundo o radialista, o presidente da Câmara entende que a mesma culpa que ele tem os demais denunciados também possuem.

 

Na conversa com Celso Pinheiro no meio da tarde de ontem, quinta-feira (03), na cozinha da Cadeia Pública de Guarapuava, durante cerca de 20 minutos, o presidente disse ainda que sempre que vereadores precisavam de ajuda ele ajudou a todos.

 

De acordo com Celso Pinheiro durante o programa de hoje, sexta-feira (04), Strechar questionou se quem denuncia uma corrupção não é tão culpado quanto quem a pratica, numa referência ao assessor Pedro Roque Guimarães, responsável pela denúncia do “racha” de salários e pelo flagrante do MP, o que resultou na sua prisão.

 

Confiante, Strechar espera ganhar a liberdade, provavelmente, na segunda-feira (07) e que ainda continua sendo vereador e presidente da Câmara. Quem vai decidir sobre o pedido de Habeas Corpus impetrado pela defesa é o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ).

 

Mesmo na prisão, Strechar já pensa na reeleição. “Ele me disse que não estava pensando em ser candidato, mas que após a sua prisão será candidato à reeleição”, comentou Celso Pinheiro.
Questionado pelo radialista sobre informações repassadas à imprensa pela carceragem da Cadeia, negou. “Ele disse que não está lendo nenhum livro e que não gosta de ler”, disse Celso Pinheiro. A leitura foi divulgada pela RSN com base em informações de um dos carcereiros que forneceu até o nome da obra “Promessas”. A respeito dessa informação Strechar esclareceu que foi procurado por um membro da imprensa guarapuavana que perguntou aos policiais se ele estava lá (carceragem). Como resposta aleatória houve a informação de que se encontrava lendo e surgiu até qual seria o livro.
Strechar disse também que não está descascando batatas, mas que auxilia na cozinha da maneira que pode. Embora tenha comentado que é bom as pessoas saberem que ele presta serviços na cozinha, para que vejam como ele é humilde.

 

Inicialmente Strechar relutou em conceder a entrevista para Pinheiro. Após aceitar conversar com o radialista, o vereador exigiu que nada fosse gravado ou filmado. E para finalizar o encontro, Strechar em resposta à pergunta feita pelo radialista disse que não pensa em vingança contra quem o denunciou.

Cristina Esteche

Jornalista

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