Da Redação
Um projeto inovador está sendo desenvolvido pela Assembleia Legislativa do Paraná e traz à discussão projetos considerados polêmicos. O Parlamento Universitário composto por 54 estudantes de Direito da Universidade Federal do Paraná tomam o lugar dos deputados para discutir e votar políticas públicas e outras matérias de interesse popular. Na primeira sessão, nessa quinta feira (28), discutiu-se a obrigação do serviço público de saúde de garantir atendimento médico para a prática o aborto em casos previstos por lei; a redução de impostos; garantir o direito às uniões homoafetivas. Até mesmo a abertura das sessões com a expressão “sob a proteção de Deus” e a exposição da Bíblia no plenário foram questionadas pelos "deputados universitários". São temas básicos, mas considerados "impopulares" pelos políticos, fazendo com que os estudantes, literalmente, ocupem a função do parlamentar.
O Parlamento Universitário pretende motivar os jovens a participarem da política. “Os escândalos que abalam o país estão afastando a juventude da política. Vi hoje uma estatística do TSE que mostra que 50% dos jovens na faixa dos 16 a 17 anos, em Curitiba, deixou de tirar seu título de eleitor. Há uma grande desilusão com a política por causa dos escândalos que abalam o cenário nacional. Essa situação é muito preocupante e a Assembleia está fazendo o que pode para virar esse jogo”, diz o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB).
Na sessão que discutiu a constitucionalidade dos projetos, a maioria das propostas mais polêmicas, foi aprovada. A exceção de proposta que reduzia imposto ITCMD, da garantia de assistência ao aborto (retirada pela autora). Em contrapartida, aprovou-se a constitucionalidade do projeto que trata do direito das entidades familiares homoafetivas, e a retirada da expressão “sob a proteção de Deus” e a exposição da Bíblia, foram aprovadas.