22/08/2023
Paraná

Acredite, é possível mudar

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Estamos vivendo uma onda de muito pessimismo no país. É só ligar a TV, o rádio, abrir o jornal ou simplesmente prestar atenção nas conversas entre as pessoas, para verificar o negativismo em relação à economia em 2016. 

O que nos deixa estarrecidos é o total descompasso entre a realidade vivenciada pelas empresas e cidadãos e o esforço dos governos em resolver os problemas do país, a maioria deles gerada por uma gestão ineficiente, focada no aumento de tributos e contribuições, sem que se leve em consideração o reflexo bombástico das medidas para a economia e saúde financeira, não apenas das organizações, mas da população como um todo. 

É um efeito dominó. A elevação desenfreada dos preços controlados atinge primeiramente as empresas. Milhares delas se veem na difícil situação de ter que enxugar custos, obrigando-se a interromper atividades e até mesmo fechar unidades. Medidas que resultam na demissão de um elevado contingente de empregados, os quais, sem emprego, deixam de consumir. A diminuição no poder de compra do cidadão reflete no comércio, e assim as dificuldades vão se sucedendo e ao mesmo tempo se somando, o que nos leva à reflexão sobre os motivos que influenciam a queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

 Não bastasse isso, a crise política que assola o país também se apresenta como um obstáculo para o Brasil resolver seus problemas econômicos, debelar a terrível inflação e voltar a crescer.

Como diz o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, “onde estão os nossos expoentes líderes para abraçar este desafio e colocar ordem na condução da política e economia brasileiras?”

É óbvio que não podemos ignorar as dificuldades que, certamente, teremos em 2016, mas é preciso que toda a sociedade tenha consciência de que precisamos agir de forma positiva para reverter esta situação.

Com a responsabilidade que cabe a cada um de nós, é preciso cobrar das autoridades, tanto do Executivo quanto do Legislativo, ações que reduzam o tamanho do Estado e os gastos excessivos, muitas vezes desnecessários, que estamos acostumados a assistir na gestão pública.

De quem é a responsabilidade pelo que está ocorrendo no país? Ninguém assume e, pior, ninguém quer assumir. Fica um jogo de empurra-empurra. Mas não pode ser assim. 

Os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) precisam entender que os cidadãos brasileiros anseiam por medidas fortes e sérias, ou seja, o que a população espera de nossos governantes são soluções para essa situação difícil em que nos encontramos.

Acredite, é possível reverter essa situação caótica. Temos exemplos de setores que estão conseguindo avançar, mesmo nesse momento de crise. E qual a receita desse nosso Brasil que dá certo?  Comprometimento, trabalho, determinação, inovação, engajamento e, principalmente, cooperação, são elementos que fazem a diferença. 

Vamos participar e cobrar mais ativamente a adoção de medidas que possam, de fato, promover o desenvolvimento da nação. Nós escolhemos os governos e parlamentares que agora estão aí, conduzindo os nossos destinos. Portanto, é nossa obrigação cobrar, responsavelmente. Acredite, a sua participação pode fazer a diferença. Vamos encerrar este ano com o propósito de sermos mais firmes e críticos, cobrando soluções que possam tirar o país dessa situação caótica que estamos vivenciando para que o Brasil possa voltar a crescer com segurança e de forma sustentável. 

*João Paulo Koslovski é presidente do Sistema Ocepar – Organização das Cooperativas do estado do Paraná

 

Cristina Esteche

Jornalista

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