Mais um caso de feminicídio teve condenação do responsável pelo crime. José Arildo Maron foi julgado e condenado a 23 anos e quatro meses de prisão por matar a ex-mulher Franciely Aparecida Tavares, a tiros em Pinhão. O júri popular ocorreu ontem (31), sete meses após o de José Pedro Antunes dos Santos, acusado de matar Camila Ferreira a facadas no Distrito da Palmeirinha em Guarapuava. E, quatro meses depois de Luis Felipe Manvailer, preso e condenado por matar Tatiane Spitzner.
O crime ocorreu em 22 de outubro de 2019. Franciely era professora em duas escolas em Pinhão. Ela tinha medida protetiva contra o ex-marido. José Arildo a matou no caminho que ela fazia do trabalho para casa no horário do almoço. No júri, o homem acabou condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe, meio que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, teve a pena aumentada por descumprir medida protetiva e também condenação por posse irregular de arma de fogo.
Conforme a defesa, os advogados pretendem recorrer da decisão. Assim, afirmando que os jurados se comoveram, o que determinou a sentença, já que não teriam observado as provas produzidas. Durante o depoimento, José disse que ficou transtornado após ver a vítima com outro homem no carro e que, depois disso, pegou a arma que ficava guardada no trabalho.
Por fim, o Ministério Público do Paraná disse que a decisão dos jurados veio ao encontro com os fatos e as provas produzidas nos autos.
O CASO
Franciely Tavares foi morta a tiros perto do trevo principal de acesso à cidade, por volta das 12h. De acordo com informações do agente Matoso, da Defesa Civil, ela trafegava na rotatória que dá acesso à PR-170 quando o carro onde estava foi atingido por tiros. Conforme informações, a professora retornava do trabalho para casa na Vila Baggio.
O ex-marido de Franciely se entregou na sede do subdestacamento no Distrito do Guará às 13h45 do mesmo dia. Ele disse que deu dois tiros e fugiu em seguida por uma estrada rural, sem saber se ela havia morrido. Desse modo, o autor do feminicídio em Pinhão, também entregou a arma aos policiais, uma garrucha calibre 28.
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