Após cerca de 15 horas de júri, com depoimentos de nove testemunhas de acusação, Alceu Xavier, 36 anos, foi condenado a 78 anos e cinco meses de prisão. Ele executou a tiros a esposa Marcia Spitzner, na frente das irmãs, pais e cunhado, e ainda atentou contra vida de todos.
O advogado de defesa, Júnior Ribeiro, disse que vai recorrer da decisão, contra as cinco tentativas de homicídios, mas confirmou que o seu cliente matou Marcia. O criminalista também discorda das qualificadoras atribuídas ao condenado, de motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima.
Os crimes foram na noite de 2 de fevereiro de 2017, no município de Cantagalo, após Marcia ter descoberto mais uma traição do marido e ter pedido a separação. Alceu, aparentemente, concordou com a separação, ajudou a vítima a transferir seus pertences para a casa dos opais, onde entrou, conversou, tomou café, se despediu e matou.
Marcia era prima da advogada Tatiane Spitzner, também vítima de feminicídio e que tem como suspeito o ex-marido Luis Felipe Manvailer.