22/08/2023

Ao som do Brasil

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Cristiano M. Martinez,
especial para RSN
 
Apresentação da Orquestra a Base de Cordas contagia Guarapuava
 
 
Com direito a bis e ovação da plateia, a Orquestra a Base de Cordas apresentou o concerto “Nosso Som” na noite desta segunda-feira, dia 21 de junho, no auditório da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), campus Santa Cruz.
Indo da valsa à música caipira, o conjunto passeou por um repertório de composições contemporâneas que refletia a diversidade musical brasileira. Mesmo sem conhecer boa parte das canções, o público se identificou com ritmos que fazem parte do “ouvido” coletivo. Não havia como não se sentir familiar com peças que formam o chamado “caldeirão” cultural do país.
Numa palavra, as acadêmicas do curso de Arte/Educação, Tatiane Sabrina Sila e Krisley Motta, definiram o concerto como “excelente”. “A Orquestra a Base de Cordas apresentou um repertório que faz parte das raízes da música brasileira”, definiu Krisley.
Mostrando empatia e carisma, os integrantes do conjunto interagiram com a plateia, explicando a origem das músicas que constavam no programa. Detalhe: boa parte delas era fruto dos próprios membros da Orquestra, que contaram histórias curiosas sobre o processo de criação.
É o caso de “Limão no sovaco”, de autoria de Julião Boêmio. “Fiz essa música em homenagem a um amigo baiano. Certa vez, ele me contou que usava limão no ‘sovaco’ para amenizar o odor. Só que, de tanto usar, ficou com as axilas todas manchadas, ainda mais porque ele saía no sol”, conta rindo Boêmio.
Em sintonia com esse espírito “abaianado”, durante a execução dessa canção o baterista começou a tocar um berimbau, instrumento baiano típico da capoeira. A plateia vibrou quando ele saiu do palco e passou por ela, percorrendo o corredor central ao ritmo da Bahia.
Outro momento inusitado foi a tradicional apresentação dos músicos, que ganhou criatividade. Cada integrante era chamado a se levantar ao som de uma trilha de cinema: “A pantera cor-de-rosa”, “Rock”, “Guerra nas Estrelas” etc. O público entrou na brincadeira, acompanhando tudo com risos e palmas cadenciadas.
 
ESPONTANEIDADE
Profissionais virtuosos, todos os músicos tiveram oportunidade de mostrar o talento individual nos respectivos solos. João Egashira conta que, apesar da previsão, cada improvisação é única. “O curioso é que nunca conseguimos repetir o mesmo solo ou nota tocada do mesmo jeito, pois aquele momento passou e não volta mais. Por isso, a gente se ‘entrega’ à apresentação, como se fosse a última”, afirma.     
E, assim, com bom humor e espontaneidade, a Orquestra a Base de Corda conquistou o público guarapuavano, realizando um concerto ao som da diversidade musical brasileira.
 
ORQUESTRA
Formado em 1998 pelo maestro Roberto Gnattali, a Orquestra mantém em sua formação atual nove músicos de diferentes instrumentos: bandolim (Rodrigo Simões), piano (Beth Fadel), violão de sete cordas (André Prondóssimo), violino (Helena Bel), violão (Hestevan Prado), violão (João Egashira), Cavaquinho (Julião Boêmio), viola caipira (Junior Bier) e percussão (Luis Rolin).
 
Foto: Orquestra a Base de Corda
Credito da foto: Cristiano M. Martinez
 

Cristina Esteche

Jornalista

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