A previsão mostra o agravamento da estiagem e a previsão de chuvas abaixo da média nos próximos meses. Assim sendo, o Governo do Estado decidiu prorrogar por mais 180 dias o prazo de vigência do decreto 4.626/20. Ou seja, Paraná, continua em situação de emergência hídrica.
Entretanto, apesar do estado passar por uma das maiores crises hídricas da história, Guarapuava é uma exceção. De acordo com o chefe do escritório Regional, Adão Alisson Slompo, em Guarapuava e Região os mananciais operam com a capacidade normal. Isso ocorre em 21 dos 22 municípios e 12 distritos. Porém, exclui-se Laranjeiras do Sul onde a demanda é maior do que a oferta.
Conforme o escritório regional, o Rio das Pedras, que abastece Guarapuava, viabiliza a produção média diária de 31 milhões de litros. “A nossa reservação é muito boa. Temos 13,2 milhões de litros”. Conforme Adão, a demanda e a oferta empatam, mas sobra água. A nossa situação ‘tranquila”.
Entretanto, como vamos viver o pico do verão o consumidor precisa economizar. De acordo com a Sanepar regional, em dias de alto consumo a empresa chega a distribuir em média 550 litros por segundo. Conforme, Adão, Guarapuava possui perto de 50 mil ligações.
NO PARANÁ
De agosto a outubro, o regime de chuvas ficou entre 50% e 70% abaixo da média em todo o Paraná. Assim sendo, a situação se torna ainda mais preocupante na Região Metropolitana de Curitiba. O deficit hídrico na Região, onde o impacto no abastecimento público é mais grave, foi de 650 milímetros nos últimos 12 meses.
De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o impacto da estiagem tem sido muito severo. “É uma das piores das últimas décadas. Por isso, é preciso um esforço conjunto da população, para que todos se conscientizem e façam uma economia no uso de água”.
O diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, reforçou a necessidade de prorrogação da situação de emergência hídrica, para evitar consequências ainda mais profundas ao abastecimento.
“Vivemos uma situação bastante preocupante e as previsões não são animadoras. Fazemos mais um apelo à população para que faça uso racional da água e economize o máximo possível”, disse. “Temos a META20, que propõe que cada um reduza em 20% esse consumo. Isso é fundamental para que tenhamos água nos reservatórios até a normalização das chuvas”.
PREVISÃO
A previsão do Simepar para os próximos meses não é animadora. Assim, o diretor-presidente do sistema, Eduardo Alvim, explica que é necessário de três a seis meses de chuvas regulares para a situação voltar à normalidade.
Porém, na primavera e no verão, que são estações mais úmidas, o volume previsto ainda é abaixo do normal. Há a previsão de que o fenômeno La Niña, causado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, seja mais severo na próxima estação. A consequência disso é de ainda menos chuvas no Sul do Brasil.
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