22/08/2023


Paraná Política

Após conversa com Lula, defesa vai pedir a soltura do ex-presidente

Decisão do STF revoga as prisões em segunda instância, como é o caso do ex-presidente Lula. Mas soltura ainda depende de juíza

lula

Vigília Lula Livre (Foto: PT-PR)

Às 9h30 desta sexta (8) advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúnem-se com ele para tratar da decisão do STF que revoga as prisões em segunda instância. Em nota, advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, disseram que após essa conversa, pedirão a “ imediata soltura’ de Lula.

Também reiteram o pedido para que a Suprema Corte julgue os habeas corpus da declaração da nulidade do processo que o levou à prisão. “Isso em virtude da suspeição do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato, dentre inúmeras outras ilegalidades”.

De acordo com a defesa do ex-presidente, o novo entendimento STF “reforça que o ex-presidente Lula está preso há 579 dias injustamente e de forma incompatível com a lei”.  Assim, “Lula não praticou qualquer ato ilícito e é vítima de ‘lawfare’, que, no caso do ex-presidente, consiste no uso estratégico do Direito para fins de perseguição política”.

Entretanto, Lula não se cansa de dizer que a ele não interessa a revogação de prisões em segunda instância. Ele diz que deseja que os ministros da Corte tenham acesso à verdade e anulem os processos contra ele.

NAS MÃOS DA VEP

De acordo com a Assessoria de Comunicação do PT-Paraná, desde as primeiras horas desta sexta, militantes lotam o espaço onde acontece a vigília, desde que Lula foi preso. Entretanto, segundo o Uol, para que a decisão tenha efeito, o Supremo terá que, antes de qualquer coisa, publicar o acórdão do julgamento. Ou seja, o documento com a determinação do Tribunal. Porém, essa publicação não é imediata e pode levar até 60 dias.

Conforme informações repassadas pela Ascom do PT ao Portal RSN, nesta sexta (8), a soltura ou não de Lula está nas mãos da Justiça Federal do Paraná. Responsável pela execução da pena contra o ex-presidente, a VEP (Vara de Execuções Penais) precisa de comunicação oficial sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal.

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Cristina Esteche

Jornalista

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