Nesta terça (5) o maestro Dante Henrique Mantovani foi readmitido como presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Em nomeação publicada no Diário Oficial da União, o ministro chefe da Casa Civil, Braga Netto, assinou a admissão. O maestro foi exonerado do cargo há dois meses quando Regina Duarte assumiu a frente da Secretaria da Cultura. Na ocasião, a assinatura da exoneração também veio de Braga Netto.
Mantovani ficou conhecido por relacionar o rock a drogas, sexo, aborto e satanismo. Conforme o músico tudo está interligado, o comentário foi feito em vídeo. “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo”.
Ao assumir a Secretaria de Cultura, Regina Duarte exonerou o maestro e mais outras 11 pessoas. O desligamento envolvia órgãos como Departamento do Sistema Nacional de Cultura, o Instituto Brasileiro de Museus e a Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura. A assessoria de Regina Duarte afirma que a Funarte é responsabilidade do Ministério do Turismo. Sendo assim, prefere não comentar a volta de Dante Henrique Mantovani.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro elogiou Duarte, mas apontou que gostaria que estivessem mais próximos. De acordo com Bolsonaro, ela está encontrando dificuldades para lidar com questões de ‘ideologia de gênero’.
Infelizmente, a Regina está em São Paulo. Está trabalhando pela internet ali. E eu quero que ela esteja mais próxima. É uma excelente pessoa, um bom quadro. É também uma secretaria que era ministério. Muita gente de esquerda pregando ideologia de gênero. Essas coisas todas é que a sociedade, a massa da população, não admite. Ela tem dificuldade nesse sentido.
DESGASTES COM A SAÍDA DE MORO
A ala ideológica comandada por Olavo de Carvalho, quer que Regina Duarte seja desligada da função. E, conseguiu estar um ponto a frente com a volta de Dante Mantovani para a Funarte. Alguns auxiliares do presidente, aliados de Regina Duarte, dizem que a informação foi uma surpresa e admitem que Olavo de Carvalho quer a demissão de Regina.
Em contrapartida, a ala política do governo está medindo esforços para afastar especulações. Ao ser questionado sobre a permanência de Duarte, Bolsonaro afirmou que só presidente e vice não podem ser trocados. Assim, deixando a dúvida no ar.
Porém, a equipe de assessores políticos do presidente diz que o destino de Regina é imprevisível, mas não descartam a saída. Esse seria um novo desgaste após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, já que ambos são populares no país.
Os auxiliares presidenciais sabem que um dos motivos que a levaram para Brasília foi o fato de integrar o mesmo governo onde trabalhava Moro, já que Regina Duarte admira Moro desde que ele trabalha na Lava Jato.
*(Com informações do G1)
Leia outras notícias no Portal RSN.