22/08/2023
Segurança

Após três anos da morte de dois jovens, Carli Filho continua em liberdade

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Nesta segunda-feira, 07 de maio, completa três anos de morte dos jovens Rafael Gilmar Yared e Carlos Murilo Almeida em acidente provocado pelo ex-deputado Fernando Carli Filho. De lá para cá o julgamento do filho primogênito do prefeito de Guarapuava, Fernando Ribas Carli, vem sendo permeado pela tentativa da defesa em reverter a decisão de que o réu será julgado por tribunal popular. O ex-deputado dirigia em alta velocidade e estava embriagado.

 

Hoje o processo está aguardando o pronunciamento final da defesa que tem 15 dias para remessa ao vice-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná que decidirá se os recursos seguirão ou não para os tribunais superiores em Brasília. De acordo com o advogado que atua como auxiliar da acusação, Elias Mattar Assad, até hoje está mantido o júri popular. De acordo com o criminalista, as penas previstas para os crimes oscilam entre 6 e 20 anos de reclusão aumentadas até a metade (9 a 30 anos) pela existência da segunda vítima.

 

O advogado lembra que existem outros casos de crimes de trânsito que não foram considerados dolosos eventuais. “Porém, este que atuamos é exemplo clássico de dolo eventual”, ratifica Mattar Assad.

 

PARA RELEMBRAR O CASO

7 de Maio de 2009 – data do acidente.

 

13 de Maio de 2009 – data em que o advogado Elias Mattar subscreveu o pedido de cassação do ex-deputado seguida de renúncia do mandato, datada de 29 de maio de 2009;

 

26 de agosto de 2009 – Ministério Público ofertou denúncia contra o réu por duplo homicídio doloso eventual, perante a 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba;

 

17 de janeiro de 2011 – Juiz de Direito da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba pronuncia o réu, determinando julgamento pelo júri;

 

16 de junho de 2011 – Tribunal de Justiça do Paraná mantém decisão de pronúncia por duplo homicídio doloso eventual e julgamento pelo júri.

Cristina Esteche

Jornalista

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