22/08/2023
Guarapuava Segurança

Após três anos, polícia civil pode ter achado a ossada de Acir

A ossada encontrada pela polícia estava numa cova às margens de uma lavoura na Gleba Samambaia, em Entre Rios

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Polícia pode ter encontrada a ossada de Acir (Foto: Arquivo/RSN)

Após três anos de mistério, a Polícia Civil acredita ter descoberto o local onde o corpo de Acir Roberto de Almeida encontrava-se enterrado. Ele estava sumido desde 2018 num caso que se tornou um dos maiores desafios para a polícia nos últimos anos.

A ossada, conforme informações levantadas pelo Portal RSN, estava numa cova às margens de uma lavoura na Gleba Samambaia, área rural do Distrito de Entre Rios. Já recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta quinta (7), os restos seguem para exame de DNA, para confirmação oficial. No entanto, como o local onde o corpo estava foi indicado aos investigadores por fontes seguras, há certeza de que se trata da vítima.

Acir desapareceu em 30 de novembro de 2018, após ter o carro furtado da casa onde morava com a mãe na Vila Bela em Guarapuava. Horas após o furto, o veículo foi encontrado em chamas. Estava no meio de uma plantação às margens da BR-277 perto do Aeroporto Municipal. Em seguida dois homens acabaram sendo presos, sob suspeição. Pouco depois, uma cúmplice também acabou indo para a cadeia.

Ossada encontrada pela Polícia Civil (Foto enviada ao Portal RSN)

A partir disso, iniciava o mistério que envolveu também sequestro, extorsão, assassinato e ocultação de cadáver. De acordo com reportagens feitas pelo Portal RSN, postagens começaram a ser feitas no perfil da vítima no Facebook. Todavia, o amadorismo das montagens chamou a atenção. A intenção era sustentar a tese de que Acir tinha forjado o próprio sequestro, indo para o Mato Grosso e que estava bem. Tese essa sustentada até poucas horas atrás.

CONDENAÇÕES SOMAM 135 ANOS DE CADEIA

Entretanto, na sequência das investigações, após 15 meses do desaparecimento da vítima, três pessoas estão condenadas a uma pena conjunta que soma 135 anos de cadeia. De acordo com o Ministério Público, o julgamento de Josias da Silva Padilha, Edegar Fernandes e Regiane de Fátima Santos ocorreu mesmo sem o corpo ter aparecido. Eles sequestraram e mantiveram Acir em cárcere privado por vários dias.

Acir teve que fazer transferências de valores em benefício dos réus, sob a ameaça de ter os filhos mortos. Assim houve a transferência de R$ 184 mil em duas vezes: 30 de novembro, dia do desaparecimento de Acir, e 6 de dezembro, ambas em 2018. Porém, desse valor, no dia da prisão dos envolvidos, a polícia recuperou R$ 80 mil. Um deles confessou parte do crime. Mas ainda não havia o corpo. Um mistério que está chegando ao fim com o resultado do exame de DNA.

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Cristina Esteche

Jornalista

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