O Paraná vai ampliar a rede de Centros de Apoio de Fauna Silvestre (Cafs). Conforme o Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, há quatro Cafs em funcionamento. E outros três serão implantados.
A meta é aumentar o número de centros para que os 21 Escritórios Regionais do IAT tenham esse apoio. Quando essa estrutura estiver pronta, evitará deslocamentos desnecessários e boa parte da logística que envolve o atendimento aos animais.
CAFS
Os Cafs são unidades parceiras planejadas e distribuídas estrategicamente no Estado, para o tratamento da fauna silvestre vitimada pelo comércio ilegal. Além disso, animais vítimas de tráfico, cativeiro irregular e de maus-tratos.
O IAT possui diversas iniciativas pró-fauna. Entre as propostas, estão a implantação, também, do Centro Paranaense de Referência em Fauna (CPRFAU) e o estabelecimento de um Comitê Gestor da Fauna Vitimada.
De acordo com a bióloga e chefe do Setor de Fauna do IAT, Paula Vidolin, os novos investimentos resultam dos bons frutos colhidos na proteção da fauna silvestre no Estado. “Como temos resultados positivos, ficaram definidos novos investimentos para ampliar o número de Cafs. A meta é dar cobertura a todas as regionais”.
O Cafs agrega todas as ações de gestão de fauna, desde a parte de manejo, educação, pesquisa e lazer. Como medida de aprimoramento, o IAT promove constantemente a capacitação da equipe técnica. Neste mês de setembro, 40 técnicos e residentes do instituto concluíram cursos de capacitação.
TRÁFICO
O tráfico de animais silvestres configura-se como uma das maiores atividades predatórias. Assim, 38 milhões deles deixam a natureza todos os anos no Brasil, conforme a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).
De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, o Paraná é uma rota para o tráfico internacional, devido às áreas de fronteiras com outros países. Conforme dados da Polícia Ambiental Força Verde, somente nos últimos oito meses de fiscalização, cerca de 4 mil animais silvestres foram vitimados pelo tráfico ou por cativeiro irregular.
O número representa um aumento de 11% em relação a 2019. Deste total, as aves representam 90%. A maioria dos animais sofre maus-tratos e muitos morrem. Entre as espécies mais apreendidas estão os trinca-ferro, canário-da-terra, coleirinho, papagaio-verdadeiro, papagaio-de-peito-roxo e periquito-rico. Além disso, as ações resultaram também na apreensão de 2.111 gaiolas e 122 armadilhas.
DIVERSIDADE
Conforme o Livro Vermelho de Fauna Ameaçada, publicado em 2004, o Paraná tem na biodiversidade, entre os vertebrados, 120 espécies de anfíbios e 160 de répteis. Além disso, 180 de mamíferos, 770 de aves e cerca de 950 de peixes.
Contudo, entre os animais dotados de patas articuladas e que possuem esqueleto externo, estão cerca de 10 mil espécies de borboletas e mariposas. E por fim, aproximadamente 450 espécies de abelhas.
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